Política

ASSEMBLÉIA APROVA URGÊNCIA PARA PROJETOS DE REAJUSTE DOS SERVIDORES

Os debates seguem nesta quinta-feira, 27, na AL
| 26/03/2008 às 21:10
A maioria venceu com facilidade o projeto de urgência para aprovar reajustes (Foto/BJá)
Foto:
  A base governista da Assembléia Legislativa aprovou nesta quarta-feira, 26, por 35 votos contra 7 a urgência nos projetos (eram 7 mensagens que foram condensadas em duas) que prevê os reajustes para os servidores estaduais. O deputado Waldenor Pereira (PT), líder da maioria afirmou na tribuna durante o grande expediente da sessão ordinária que, ao contrário do que acontecia no governo anterior (Paulo Souto), "onde 150 mil servidores recebiam salário base menor do que o mínimo vigente no país", agora, "no nosso governo isso não acontece desde novembro do ano passado".

  Com planilhas em mãos, Waldenor citou ganhos em várias categorias - professores, policiais, etc - e reafirmou que o governo está tranquilo e consciente da sua responsabilidade, além de ter agido "com transparência e lealdade com os servidores". Destacou o líder da maioria que, "nosso governo" recebeu uma herança na qual foram desmenteladas conquistas dos servidores, inclusive os planos de carreiras. 

  Bem respaldado em números, Pereira chegou a citar ganhos que policiais (praças da PM) e oficiais tiveram com reajuste nos tiquetes refeições, os ganhos da Polícia Civil e os valores totais que incidirão sobre a folha de pessoal.

  Para o deputado Paulo Azi, do Democratas, o que está acontecendo nesse momento com o governo ao apresentar uma proposta de reajuste tão tímida, com indicadores abaixo da inflação e do Salário Mínimo nacional, é uma quebra de compromissos de campanha do governador Wagner "que prometeu uma coisa e está fazendo outra". 

  O deputado Yulo Oiticica em aparte a fala do líder Waldenor Pereira disse que estava estarrecido com o comportamento da oposição, uma vez que não agia assim, em tempos idos, e situou que o governo apresentou uma proposta que contempla a todas as categorias, algumas das quais com reajustes acima da inflação e obedecendo a planos de cargos e salários.

  OPERAÇÃO PILATOS

  A situação mais tensa envolve os reajustes para os Policiais Militares e os Policias Civis, estes últimos em "estado de greve". Há todo um esforço do capitão Tadeu (PSB) de encontrar uma solução negociada para que a SAEB reformule a proposta aos policiais civis, no patamar do reajuste aos delegados de Polícia, evitando, assim, que haja uma paralisação da PC.

  Na PM há indicadores de que setores da Corporação defendem, caso haja greve na civil de agentes, escriturários e peritos, uma operação que se intitlou Pilatos "lavando às mãos". Não há clima nem intensão da PM em fazer uma greve como aconteceu, em 2001, no então governo César Borges (PFL).