Jonas Paulo (ex-Campo Majoritário) está vencendo às eleições para presidência do PT estadual da Bahia nos mais de 100 municípios já apurados. A expectativa é de que o resultado final saia ainda hoje, no início da noite. Os prognósticos com base no que já foi apurado apontam para uma vitória de Jonas.

   A apuração não está sendo pacífica e os partidários de Marcelino Galo (A Esperança é Vermelha), como aconteceu ano passado, já listaram 11 municípios onde teriam havido problemas, idênticos aos ocorridos nas eleições do PED/2007.

   Em Salvador, Jonas derrotou Marcelino com 97 votos de frente - foram 938 votos  a 841 - e reforçou a posição da vereadora Vânia Galvão na presidência da executiva do diretório da capital. Se confirmada a vitória de Jonas fortalece-se, também, no âmbito do partido, a posição do secretário de Relações Institucionais do Governo, Ruy Costa, e do governador Jaques Wagner.

   Ainda assim, entre o PED do último domingo e o do ano passado, as convicções em torno do apoio à candidatura à reeleição do prefeito João Henrique (PMDB), no âmbito das correntes de apoio à Jonas se modificaram bastante, sobretudo com a aprovação do PDDU. Ou seja, não é mais consensual o apoio a JH, com o PT fazendo parte da chapa na vice.

   O PT deverá, portanto, mesmo com a vitória de Jonas - o que está se configurando apesar de recursos que Marcelino Galo venha interpor junto à Executiva Nacional - rediscutir com novo olhar o alinhamento com o PMDB na condição que se impõe, hoje, João Henrique como candidato natural da base, cabeça da chapa e o PT coadjuvante do processo.

    De toda sorte, uma vitória de Jonas, representa um alívio imediato para João Henrique e o PMDB, muito diferente se a vitória fosse de Marcelino, o qual, advoga um rompimento imediato com a administração do prefeito e o lançamento de um candidato próprio.

    Ademais, diminiu o ímpeto do deputado Nelson Pelegrino (vinculado a corrente de Marcelino), nome do PT melhor posicionado nas pesquisas de opinião visando a sucessão municipal.

    A ESPERA

    O que o PMDB não deseja, e se supõe assim se passa como o PT, é o prolongamento da decisão "sinae-die" (sem data prevista para acontecer) retardando o processo de organização da aliança, antes dos foguetes de São João. 

    É provável, também, que diante da fiscalização que vem sendo feita durante o pleito e apuração por parte de uma comissão da Executiva Nacional, os prováveis recursos de Marcelino Galo (em caso de confirmada sua derrota) não sejam considerados.

   Teme-se, no entanto, que cheguem à imprensa, como aconteceu em 2007, revelando facetas consideradas muito desagradáveis à história do partido, "mapismo", "fraudes", entre outros.