Política

LÍDER DA MAIORIA DIZ QUE É "BRAVATA" DA OPOSIÇÃO RECORRER AO MP

São os números apresentados por Waldenor Pereira
| 05/03/2008 às 20:16
 O governo de Paulo Souto gastou R$ 451 milhões em 2005 e R$ 310 milhões em 2006 com dispensa de licitação e inexigibilidade, segundo informou o líder do Governo na Assembléia Legislativa, Waldenor Pereira, que classificou como "pura bravata" a iniciativa da oposição de recorrer ao Ministério Público para denunciar o gasto do Governo Wagner, no valor de R$ 324 milhões, em 2007.

 

"Os deputados oposicionistas precisam tomar mais cuidado para não ficar fazendo denúncias infundadas, ou vão cair no total descrédito", alertou em plenário, na sessão de hoje (05/03/08), após exibir as informações sobre os gastos do governo anterior, que buscou junto à Secretaria da Fazenda do Estado.

 

Waldenor Pereira ressaltou que apesar de constatar os valores superiores aos gastos do governo atual, nem por isso acusa a gestão de Souto de praticar irregularidades por conta dos contratos sem licitação, já que a legislação permite.

 

Os gastos do Governo Wagner, conforme explicou o líder, foram principalmente em decorrência do rompimento com contratos fraudulentos e a necessidade de contratações imediatas para substituí-los, ocorridos nos diversos setores. Como foram os casos dos processos para substituição de empresas do "G-8", envolvidas na operação Jaleco Branco, promovida pela Polícia Federal, e denunciadas no MP. "Tanto que num grupo de nove contratos de limpeza, segurança e informática, o valor global contratado foi reduzido em 33,3% dos R$ 58,5 milhões herdados da gestão anterior para R$ 39 milhões", reforçou.

 

Ele explicou que o volume de R$ 131 milhões nos dois primeiros meses de 2008 é normal, porque este foi um período de renovação dos contratos e o valor será para o ano inteiro. Também alguns dos contratos para substituir a empresas do chamado G-8 foram assinados em 2008, como foi o caso do SAC, que assinou com Shelt contrato emergencial no lugar da Postdata.

 

"Se os oposicionistas de hoje foram os aliados do governo anterior e agora questionam gastos da nossa gestão, que são bem menores do que os de Paulo Souto, então eles estão condenando o que apoiaram no passado?', questinou o líder, que finalizou o pronunciamento recomendado mais cuidado por parte da oposição.