A emenda que resultou no Instituto foi do dep Nelson Pelegrino (PT)
Emenda proposta pelo deputado federal Nelson Pelegrino (PT), que transformada no Projeto Escola da Terra do Instituto Terraguá, concorreu ao
Prêmio Melhores Práticas da Caixa Econômica Federal e ficou entre os 20 primeiros colocados.
Através desse Prêmio, o Terraguá está habilitado para participar de contratos de patrocínio junto a CAIXA, além de estar no Banco de tecnologias sociais replicáveis da CAIXA. Esta é a
V Edição do Prêmio CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local, premiação que acontece a cada dois anos, no âmbito do
Programa CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local, desde 1999.
Entenda o Projeto O Projeto tem várias vertentes e todas elas são voltadas à inclusão social e à sustentabilidade. O Escola da Terra prepara jovens para atuarem na construção de planos de desenvolvimento de suas comunidades, investe em preservação ambiental e mobiliza comunidades dos municípios de Igrapiúna e Camamu, através da valorização da cultura pesqueira, aquícola, agricultura familiar.
Além disso, o projeto sensibilizou as marisqueiras do município de Igrapiúna para participarem do Programa de Segurança Alimentar, Manuseio de Pescado e Defumação e instalou centros de informática e capacitação de jovens nesta área. Os projetos desenvolvidos pelo instituto Terraguá envolvem hoje cinco núcleos produtivos e atingem cerca de mil famílias.
Como era a região
antes do Projeto O Território Baixo Sul da Bahia é uma das regiões de grande diversidade ambiental, possuindo significativos remanescentes de Mata Atlântica e cerca de 120.000 ha. de estuários, que estavam ameaçados pela pesca predatória e pelas condições precárias da população local, em sua maioria, constituída por jovens.
As crianças começavam a trabalhar em tenra idade na coleta de mariscos, despolpa de peixe, colheita da produção e extrativismo, contribuindo para a defasagem escolar e elevados índices de analfabetismo, chegando a 60% da população estuarina. A renda média familiar, oriunda da agricultura, pesca e mariscagem, era de
aproximadamente ½ salário mínimo.
O que mudou A experiência apresenta os seguintes resultados: - 160 oficinas de formação de jovens em dois anos; - 25 jovens iniciaram projetos de agricultura familiar nas propriedades dos pais com o aumento da renda; - 03 associações de produção voltadas para a economia solidária, formadas por jovens; - 04 jovens aprovados no curso de técnico agrícola da EMARC; - Criação de 02 hortas circulares comunitárias; - Cessão, por pessoas da comunidade, de um grande terreno para plantio de horta comunitária; - 70 marisqueiras capacitadas pelo programa em segurança alimentar, manuseio do pescado e defumação; - Formação de 04 jovens monitores: 02 na ostreicultura e 02 na horticultura; - 85 jovens capacitados em informática; - Instalação de 02 centros de informática; - Tecnologia sócio-ambiental própria, para cultivo e comercialização de ostras e tilápias, com a participação direta de 33 jovens; - Implantação de um módulo com 12 tanques-rede, sendo 02 berçários e 10 tanques de engordas; - Jovens realizando biometria, a cada 15 dias, em 5% do total dos peixes, para aferição do crescimento, conferindo as condições para a criação de um pólo aqüicola; - Melhoria na preservação ambiental dos manguezais, a partir do cultivo da ostra, em área de intenso extrativismo; - Diminuição do êxodo rural pela população jovem; - Interferência dos jovens no espaço de comunidade, através da elaboração e execução de projetos de preservação do patrimônio físico e cultural, ampliando a atividade turística; - Equipe técnica formada por biólogos, pedagogos, psicólogos, técnico agrícola, comunicadora social e monitores oriundos do próprio projeto.