Política

PROJETO ESCOLA DA TERRA ESTÁ ENTRE 20 MELHORES DO PRÊMIO CAIXA

A emenda que resultou no Instituto foi do dep Nelson Pelegrino (PT)
| 29/02/2008 às 20:06
   Emenda proposta pelo deputado federal Nelson Pelegrino (PT), que transformada no Projeto Escola da Terra do Instituto Terraguá, concorreu ao Prêmio Melhores Práticas da Caixa Econômica Federal e ficou entre os 20 primeiros colocados.

   Através desse Prêmio, o Terraguá está habilitado para participar de contratos  de patrocínio junto a  CAIXA, além de estar no Banco de tecnologias sociais replicáveis da CAIXA. Esta é a V Edição do Prêmio CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local, premiação que acontece a cada dois anos, no âmbito do Programa CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local, desde 1999.  

Entenda o Projeto
  

O Projeto tem várias vertentes e todas elas são voltadas à inclusão social e à sustentabilidade. O Escola da Terra prepara jovens para atuarem na construção de planos de desenvolvimento de suas comunidades, investe em preservação ambiental e mobiliza comunidades dos municípios de Igrapiúna e Camamu, através da valorização da cultura pesqueira, aquícola, agricultura familiar.
 
Além disso, o projeto sensibilizou as marisqueiras do município de Igrapiúna para participarem do Programa de Segurança Alimentar, Manuseio de Pescado e Defumação e instalou centros de informática e capacitação de jovens nesta área. Os projetos desenvolvidos pelo instituto Terraguá envolvem hoje cinco núcleos produtivos e atingem cerca de mil famílias.  

Como era a região
 antes do Projeto
  

O Território Baixo Sul da Bahia é uma das regiões de grande diversidade ambiental, possuindo significativos remanescentes de Mata Atlântica e cerca de 120.000 ha. de estuários, que estavam ameaçados pela pesca predatória e pelas condições precárias da população local, em sua maioria, constituída por jovens.

As crianças começavam a trabalhar em tenra idade na coleta de mariscos, despolpa de peixe, colheita da produção e extrativismo, contribuindo para a defasagem escolar e elevados índices de analfabetismo, chegando a 60% da população estuarina. A renda média familiar, oriunda da agricultura, pesca e mariscagem, era de
aproximadamente ½ salário mínimo.  

O que mudou  

A experiência apresenta os seguintes resultados: - 160 oficinas de formação de jovens em dois anos; - 25 jovens iniciaram projetos de agricultura familiar nas propriedades dos pais com o aumento da renda; - 03 associações de produção voltadas para a economia solidária, formadas por jovens; - 04 jovens aprovados no curso de técnico agrícola da EMARC; - Criação de 02 hortas circulares comunitárias; - Cessão, por pessoas da comunidade, de um grande terreno para plantio de horta comunitária; - 70 marisqueiras capacitadas pelo programa em segurança alimentar, manuseio do pescado e defumação; - Formação de 04 jovens monitores: 02 na ostreicultura e 02 na horticultura; - 85 jovens capacitados em informática; - Instalação de 02 centros de informática; - Tecnologia sócio-ambiental própria, para cultivo e comercialização de ostras e tilápias, com a participação direta de 33 jovens; - Implantação de um módulo com 12 tanques-rede, sendo 02 berçários e 10 tanques de engordas; - Jovens realizando biometria, a cada 15 dias, em 5% do total dos peixes, para aferição do crescimento, conferindo as condições para a criação de um pólo aqüicola; - Melhoria na preservação ambiental dos manguezais, a partir do cultivo da ostra, em área de intenso extrativismo; - Diminuição do êxodo rural pela população jovem; - Interferência dos jovens no espaço de comunidade, através da elaboração e execução de projetos de preservação do patrimônio físico e cultural, ampliando a atividade turística; - Equipe técnica formada por biólogos, pedagogos, psicólogos, técnico agrícola, comunicadora social e monitores oriundos do próprio projeto.