Lula afirmou que o País seria mais democrático se o Judiciário "só metesse o nariz nas coisas dele". "Quer ser ministro da Suprema Corte ou quer ser político? Se quiser ser político, renuncia e se candidata a um cargo para falar as bobagens que quiser", afirmou Lula.
"Não vejo qualquer extravasamento por parte do Judiciário e fiquei perplexo com o que foi veiculado pelo presidente e também com a agressividade do próprio presidente", disse o ministro.
Mello, que anteriormente havia se posicionado contra a ampliação dos programas neste ano de eleições municipais, afirmou que não estava querendo provocar a oposição, apenas alertar sobre eventuais irregularidades na lei eleitoral. "Enquanto eu tiver a toga sobre os ombros cumprirei com meu dever de juiz", afirmou.
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozar Valadares, considerou inadequado o tom do presidente Lula e tem potencial para causar um mal estar entre os Poderes. "Lula poderia ter evitado a forma como tratou o Judiciário", disse.