O deputado Waldenor Pereira (PT), líder da maioria,  utilizando o tempo de 20 minutos do PDT fez um longo pronunciamento no plenário da AL para rebater as denúncias formuladas pelo deputado João Bacelar (PTN), ainda que de forma mais organizada e didática, mas, utilizando-se basicamente de argumentos políticos, a chamada "herança maldita".

   Para Waldenor, o que está acontecendo na saúde, na educação, na segurança, no social e outros setores da Bahia representam o estado de abanono deixado pelo PFL nos seus 16 anos de governo, hoje, vestido de Democratas. O líder da situação apontou que números relacionados pela SEI na época de Paulo Souto, davam conta da existência de 2.100.000 analfabetos e uma Bahia situada no 21º em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), e 25º do Índice de Desenvolvimento Juvenil.

   Disse ainda que do total de 13 milhões da população da Bahia, 8 milhões representam a população economicamente ativa, sendo que, desses 8 milhões um percentual de 80% recebem até 2 salários mínimos. Segundo Waldenor, todas essas mazelas deixadas pelo PFL, proporcionaram um enorme desequilíbrio social "com uma pequena panelinha" sendo beneficiada, e agora Wagner está colocando tudo nos eixos, num governo que beneficia a todos.

   O líder não entrou no mérito das denúncias de Bacelar e de outros deputados sobre o que consideram caos na saúde pública, entre eles, Heraldo Rocha e Tarcízio Pimenta, e direcionou toda sua fala para a contextualização política situando que a Bahia mudou de paradigma, deixou de ser truculenta e autoritária para ser democrática e transparente, e afirmou que o grande desafio do governo é mudar essa "lógica perversa".

   Lamentou, inclusive, que diante de tanta "herança maldita" a causa principal do crescimento da violência está relacionada nesse contexto.