Contradições sobre o que foi decidido na reunião de líderes realizada ontem (26) acabaram atrapalhando a votação dos projetos de lei previstos para estar quarta-feira, 27, na Câmara Municipal. Enquanto o bloco independente (PT, PSB e PCdoB) queria a votação de apenas parte dos projetos que tinham sido acordados, para o restante dos vereadores era: ou votam todos ou nenhum seria votado.

    
    Para o vereador, Paulo Magalhães Júnior (líder do DEM), o grupo que considera "radical" está tumultuando e impedindo que a Casa trabalhe como deveria.

    
   "Esses três ou quatro terceirizados, xiitas, interesseiros e oportunistas querem mandar na Câmara. Tem vereador que entrou aqui com uma quantidade medíocre de votos, não consegue nem encher uma Kombi e mesmo assim quer mandar nesta Casa.", afirmou.

   
  Aladilce Souza, vereadora do PCdoB, queria que fosse cumprido o acordado na reunião dos líderes. "Debatemos e discutimos os projetos que seriam urgentes e temos que votar hoje apenas o que foi acordado", disse.

    Um funcionário de carreira da Câmara Municipal teve que interceder para resolver o impasse e, com a afirmação do funcionário que estava presente na reunião, a balança pendeu para o lado do bloco independente.

    
    Mesmo assim o presidente da Câmara, Valdenor Cardoso (PTC), além de decidir não votar nenhum projeto ainda se retirou da sessão revoltando alguns vereadores.

    "A nossa Casa está passando por dificuldades com esses impasses, mas a decisão da presidência é que não haverá votação hoje", concluiu um pouco antes de se retirar do plenário. (Repórter - Marivaldo Filho)