A vereadora Olívia Santana (PCdoB), pré-candidata à prefeitura de Salvador, em entrevista ao Bahia Já na tarde desta segunda-feira (25), na Câmara Municipal, afirmou que não tem nenhuma obrigação de prestar depoimento para os deputados da Assembléia Legislativa por ter afirmado no último dia 20 que policiais militares estariam boicotando o governador Jaques Wagner.

     "A Câmara não é subordinada à Assembléia Legislativa para obrigar alguém a falar desse jeito. Não sou ré para ter que depor, mas , caso seja convocada uma audiência pública pelos deputados, contribuirei e discutirei o assunto sem nenhum problema", garantiu a vereadora.

   
  Olívia inicialmente não queria prestar qualquer declaração sobre o assunto. "É melhor não tocar nesse assunto. Vamos falar sobre a pauta de hoje da Câmara?", desconversou, bem humorada.

     A situação ficou embaraçosa para a comunista depois da veiculação no boletim de impressa da assessoria de comunicação com declarações da pré-candidata que repercutiram na Assembléia Legislativa. Os deputados querem que a vereadora explique e prove o que falou e o DEM ingressou com uma representação no Ministério Público.

   NA ASSEMBLÉIA

   O assunto foi abordado nesta tarde de segunda-feira, 25, no plenário da AL. Para o deputado Tadeu Fernandes (PSB), a vereadora agrediu a corporação PM e tem que dar nomes aos bois, senão é uma "irresponsável". Para o deputado Gildásio Penedo, líder do DEM, as declarações de Olívia são graves, pois, "sabotagem é uma expressão muito forte para usar contra uma instituição que tem mais de 180 anos de existência".

   No entendimento do deputado Álvaro Gomes, PCdoB, que foi a tribuna defender Olívia "em nenhum momento a nossa vereadora atacou a PM como instituição" e apenas deu sua opinião sobre acontecimentos que estão ocorrendo na capital, como bem disse a vereadora, atingindo negros e pobres em matanças.

   Segundo Álvaro Gomes o que está acontecendo com PSB e DEM é que "nossa candidata a prefeita está subindo nas pesquisas e começa a despertar a atenção", daí essas acusações sem fundamento. (Repórter - Marivaldo Filho)