Em reunião realizada na noite desta quarta-feira (20) na residência do senador César Borges em Brasília, a pedido dos deputados estaduais e federais, a secção baiana do Partido da República avaliou a abertura de entendimento com o Governo Estadual para apoio administrativo e político ao governador Jaques Wagner.

 Durante a conversa, o senador César Borges orientou que os entendimentos continuem e busquem, numa primeira etapa, os pontos de identificação entre o PR e a administração Jacques Wagner, e o tipo de apoio que o partido pode oferecer tanto em nível baiano quanto federal, para depois se deliberar quanto à participação do PR no governo.

 Como presidente estadual, o senador César Borges indicou o secretário-geral do PR baiano, deputado federal José Rocha, para representar a direção estadual nos entendimentos com o secretário de Relações Institucionais, Rui Costa. Os dois, inclusive, já vinham conversando sobre o assunto, desde a semana passada.

 A direção nacional do PR acompanhou os entendimentos, tendo o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, referendado o resultado da reunião por telefone. Foi acertado com o secretário Rui Costa o próximo passo desse entendimento, uma audiência na próxima segunda-feira, na qual a direção do partido estará representada pelo secretário-geral José Rocha e parlamentares.

  COMENTÁRIO
  BAHIA JÁ

  Esta é a nota formal, conceitual, emitida pela assessoria de imprensa do senador César Borges sobre a encaminhada adesão do PR ao governo do Estado.

  Há, nos bastidores da política local, informes dando conta de que no item relacionado "à participação do PR no governo", caberá uma secretaria ao deputado Elmar Nascimento.

  Uma outra questão, se concretizada a aliança, e numa hipótese (bastante provável) do PT se afastar da administração municipal de Salvador, dando adeus a João Henrique (PMDB), o PR se alinharia com o PT.

  Em outra hipótese (também bastante provável) o deputado Nelson Pelegrino (PT) que foi adversário de César Borges, ambos candidatos a prefeito, em 2004, poderão caminhar juntos.

  A política dá é voltas. Pelegrino nunca perdoou um encontro/jantar de Lula com forças do carlismo, em BSB, o que considerou prejudicial a sua deblace na eleição de 2004.

  Outro detalhe (e não mais hipótese) é de, em César Borges/PR alinhando-se com Wagner/PT dança-se uma provável aliança que vinha se falando na província, entre César Borges/PR e ACM Neto/Dem.