O sepultamento de Chico Pinto será às 18h
O corpo do ex-deputado Francisco Pinto deverá ser transferido dentro de instantes para a Igreja de Senhor dos Passos, em Feira de Santana, onde será realizada missa de corpo presente. Logo depois, por volta das 18 horas, será sepultado no Cemitério da Piedade, em Feira de Santana.
Três governadores de Estado, Jaques Wagner (Bahia), Eduardo Campos (Pernambuco) e Luis Henrique (Santa Catarina) foram dar o último adeus a essa figura emblemática da política nacional, assim como o ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, ex-ministros (Fernando Lyra e Waldir Pires), os prefeitos de Feira de Santana, Zé Ronaldo, e o de Salvador, João Henrique, o presidente da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, deputados, secretários de estado e do município, e a população local.
Feira, hoje, se transformou na capital da política e da reflexão, pois, a morte de Pinto trouxe à luz dos dias atuais como têm sido raros os políticos que trilham essa trajetória do bom senso, da dignidade, da autenticidade. Chico era um autêntico, inflexível em suas posições, moeda raríssima nos dias atuais da política onde todo tipo de sapo barbudo tem que ser engolido e digerido com sorrisos e abraços de tamanduá.
A Bahia não escapa dessa "praga" e os adesistas estão por toda parte, sem o menor escrúpulo, a ponto da primeira dama do Estado, ter dito numa entrevista a Revista Metrópole que há uma senvergonhice generalizada.
Em Salvador, então, virou uma brincadeira o laboratório que se faz com a cidade. Troca-se de secretário como se troca de roupa, sem o menor respeito com a dignidade das pessoas. A dança das cadeiras já entronizou e fritou 40 personagens.
Daí que a morte de Chico Pinto está trazendo à luz, aos holofotes, esse sentimento que está ficando a cada dia mais escasso na política. E, da forma como a política tem sido tradada, não há sinais de mudanças à vista. De Lobão a Lobinho, de Leão e leãozinho, vai descendo a ladeira.
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