Política

CPI DA EBAL VAI PEDIR AO MINISTÉRIO PÚBLICO INDICIAMENTO DE 9 PESSOAS

Veja como foi
| 20/02/2008 às 22:06
  A CPI da Ebal concluiu seu relatório apontando que a ampresa contraiu dívidas estimadas em R$620 milhões, com suspeitas de fraudes e situações irregulares. No documento apresentado pelo deputado Zé Neto (PT) e aprovado por 4x1 votos, com duas abstenções, propõe o indiciamento de nove pessoas.

  São elas: Omar Brito, ex-presidente da Ebal; Sílvio Antônio Cabral, dono da Silveira Empreendimentos; Geraldo Oliveira, ex-diretor administrativo da Ebal; Marcos Paiva, diretor executivo da OAF; Antonio Mario Dantas, ex-diretor financeiro da Ebal; Cosme B. dos Santos, ex-proprietário da Comercial Bispo; Leôncio Cardoso, ex-gerente de Engenharia e Manutenção; Ednaldo Casaes, contador da Comercial Bispo; e José Gomes, empreiteiro.

   O relatório não pode ser apreciado com detalhes pelos parlamentares (e imprensa) porque só foi entregue ontem e a aprovação da matéria, prevista para o turno da manhã, só aconteceu à noite. A oposição protestou, mas, mesmo assim o relatório foi aprovado (votaram a favor, Carlos Ubaldino (PSC), Álvaro Gomes (PCdoB), Paulo Rangel (PT) e Arthur Maia (PMDB); se abstiveram Júnior Magalhães (DEM) e Luís Augusto (PP); e votou contra Sandro Régis (DEM).

   O documento propõe, ainda, mais investigações sobre a Axxo Construtora, Rede Interamericana de Comunicação, Platina Produções, Josemário Galvão (ex-diretor de Operações da Ebal) e Alexandre Souza Sampaio (ex-gerente de Compras da Ebal).
O relatório será encaminhado ao Ministério Público com pedido de indiciamento dos 9 citados acima.

   PARTE POLÍTICA

   O deputado Zé Neto (PT) sustentou a tese de que a CPI da Ebal é um novo momento da AL, alicerçado nos princípios democráticos observados no governo Wagner, da "democracia participativa" e ela só foi possível, com conclusão dessa natureza, graças a esse novo momento em que vive a Bahia e o Poder Legislativo. "Antes isso não seria possível", frisou.

   A oposição acha que houve uma demora proposital na entrega do Relatório final, até porque um relatório prévio já havia sido divulgado à imprensa, em 2007, não houve qualquer tipo de boicote às apurações e a Ebal continua como dantes, dando prejuízios. O deputado Gildásio Penedo (DEM) vai arguir qual a saúde financeira atual da empresa, pois, em depoimento de um diretor da Ebal na própria CPI, gira em torno de R$6 milhões/mês.