Política

SOUTO DIZ QUE MATANÇA PELAS FORÇAS DO ESTADO NÃO REPRESENTA DEMOCRACIA

As declarações foram dadas na Rádio Metrópole
| 19/02/2008 às 10:01
  Em seu comentário desta terça-feira, 19, na Rádio Metrópole, o ex-governador Paulo Souto, disse que estranhava as declarações do governador Jaques Wagner em sua mensagem lida na Assembléia Legislativa, na última sexta-feira, de relações cordiais e de respeito com o poder legislativo, quando o que se assistiu no ano passado com a eleição impositiva do deputado Zilton Rocha (PT), a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, foi exatamente o contrário, uma relação de submissão.

   Sem citar o nome do governador Wagner, mas deixando claro que suas críticas estavam direcionadas para o Palácio de Ondina, Souto disse ainda que estranhava as tais relações democrátricas com a sociedade, uma vez que há uma forte imposição direcionada para que prefeitos mudem de partidos, e essa cultura política de troca com obras não efetiva um sinal de democracia ampla e irrestrita.

   O ex-governador também foi duro em relação a democracia participativa com os cidadãos e salientou que sua efetivação significa evitar a matança de pessoas por forças do Estado, como está acontecendo, atualmente, e acabar o sofrimento e as mortes dos mais humildes nos hospitais de emergência da rede pública. Ou mesmo evitar as dispensas de licitações, "o que não é a melhor prática".

   Souto também destacou que isso implicaria em melhores resultados na Educação, onde para desespero das famílias o que se viu foi a perda do ano letivo, em 2007. Ademais, salientou o ex-governador, a cidadania plena se forma com informações corretas e verdadeiras fornecidas à sociedade, com a instituição Estado acima dos partidos.