Para Valdenor Cardoso, a verba indenizatória, principal motivo de discórdia, tem amparo legal. "Deputados e senadores fazem uso de verba específica para fazer política, o que é justo. A Câmara tem dotação específica para este fim, que era administrada pelo presidente. Eu, então, fiz a distribuição desta verba, democratizando o seu uso, descentralizando-a da presidência e dando um tratamento igualitário a todos os vereadores", esclareceu.
Além de esclarecer todos os pontos do parecer prévio do TCM, Valdenor Cardoso pediu mais transparência da corte que julga as contas municipais.
Sobre a devolução da verba de gabinete, Valdenor informou que essa possibilidade não existe. "A ação do Ministério Público não pede a devolução, mas, sim, a nulidade da mesma", esclareceu.
Além de contestar o parecer prévio do TCM, Valdenor mostrou documentos diversos, do próprio TCM, comprovando que muitos pareceres são políticos e não técnicos. "As contas de muitas Casas foram aprovadas, mesmo tendo inobservância a normas da Lei Federal nº 4.320/64", assegurou.
Sobre a decisão da Justiça, Valdenor disse que acatará o que decidido: "Vamos nos defender até a última instância, tendo, inclusive, o parecer técnico do professor Adilson Abreu Dallari, especializado no assunto. Infelizmente o TCM não leu este parecer técnico, outro ponto a ser observado. Enquanto o mérito da questão não for julgado, estaremos nos defendendo".
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