O PMDB já está com tudo organizado caso o Partido Socialista Brasileiro (PSB) deixe mesmo a administração municipal de Salvador nesta super-terça, 12.

   Está havendo um esforço enorme de convencimento no sentido do PSB se manter na administração e essa é a esperança do ministro Geddel Vieira Lima.

   Mas, como há também uma forte corrente do PSB querendo o rompimento, e a deputada Lídice da Mata já se manifestou contra os métodos aplicados na aprovação do PDDU e deu sinais de que pretende concorrer ao Palácio Tomé de Souza, o PSB deve mesmo se afastar da administração.

   Educadamente. Se vier ríspido ou com duras críticas ao estilo PV levará troco.  

   O que está sendo articulado em Brasília como contra-ofensiva é o seguinte: o PDT vai ficar mesmo com a Secretaria de Educação, o IPS e a Sucom (ou gerências da Sucom) em troca do apoio a João Henrique, cabendo ao presidente regional do partido, o deputado Severiano Alves retirar tudo o que disse sobre o prefeito, o qual, classificou de traidor. Severiano deverá fazer uma mea-culpa.

   Para a Secretaria da Educação irá o secretário Carlos Soares, historicamente vinculado ao PDT, mas, umbilicalmente amigo do prefeito. A sub-secretaria ficaria com o PMDB. Para o IPS deverá retornar uma pessoa vinculada a Severiano, provavelmente seu sogro, cargo que já ocupou. E, para a Sucom! Bem, para a Sucom o PDT deve ficar com uma gerência e não a superintendência.

   Organiza-se, também, uma ação com o chamado PV dissidente, o pessoal que não tem voto, mas faz bastante zoada. Essa turma, constituída por Beth Wagner, Ari da Mata e outros estaria produzindo um documento de apoio ao prefeito.

   E o PT, como ficaria?

   Uma parte do partido quer romper, enquanto a outra quer se manter na boquinha. Vai aguardar a decisão sobre a Executiva Estadual, com a permanência (ou não) de Marcelino Galo, para decidir. Marcelino é a favor de candidatura própria do PT em Salvador. 

   O PT, por ora, com tanta indefinição, está deixando seu eleitorado sem saber o que fazer e como se comportar. Caso continue vacilando e Lídice avance no rompimento, a candidatura da deputada poderá agregar parte desse eleitorado.

   Daí que o PSB quer decidir logo nesta super-terça-baiana à exemplo da super-terça-norteamericana que deu fôlego a candidatura Hillary Clinton.