O objetivo é verificar as despesas de adiantamento e suprimentos de fundos desde 1998. Essas despesas são pagas com cheques e cartões corporativos. "Não vamos fugir do embate. Para mostrar que o governo não tem medo e quer averiguar, estamos propondo a CPI", disse Jucá.
Quando questionado da necessidade da CPI, ele disse que "a CPI não seria necessária, mas pior que CPI é ficar nuvem pairando em cima do governo, como se ele tivesse algo a esconder ou feito coisa errada. Como estão fazendo agora, levantando suspeita até da família".
O líder diz que propor outra CPI não é desvio de foco, uma vez que pretende analisar a série histórica, investigando os gastos da União, abrangendo os governos FHC e Lula.
"O governo banca a CPI. Virão todos os gastos em suprimentos de fundos, adiantamentos e cartões corporativos. Quem estiver errado que pague", declarou.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que propõe a criação de uma comissão mista envolvendo deputados e senadores (CPMI), criticou a iniciativa dos governistas.
"É uma manobra do governo para evitar a apuração séria dos gastos com os cartões. O intuito é de manobra e assusta. Vamos continuar colhendo assinaturas para uma CPI mista", disse.
Para a CPI ser instaurada, são necessárias 27 assinaturas, de acordo com o regimento. O requerimento, segundo a secretária-geral do Senado, Cláudia Lira, foi protocolado.