Política

EXONERADO COMANDANTE DA PM DO RIO NA CRISE DOS BAIXOS SALÁRIOS

Veja como foi
| 29/01/2008 às 12:01
O governador Sérgio Cabral não gostou da passeata de PMs por melhores salários (F/Div)
Foto:
  O coronel Ubiratan de Oliveira Ângelo foi exonerado nesta terça-feira, 29, do cargo de comandante-geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro pelo governador Sérgio Cabral.

  Os rumores sobre a substituição tiveram início quando Ubiratan não exonerou o coronel Paulo Ricardo Paul, que apenas foi transferido da Corregedoria para Diretoria de Ensino e Instrução. Paul, que participa de movimento salarial da PM, teria declarado a jornais que o saque de PMs a um caminhão de cerveja seria uma conseqüência dos baixos salários da tropa.


  A cúpula da secretaria de Segurança Pública se reuniu durante a manhã. O nome do substituto de Ubiratan já teria sido escolhido, mas precisa ser aprovado pelo governador. O mais cotado para assumir o cargo é atual chefe do Estado-Maior, coronel Samuel Dionísio. Em seguida, há o coronel Francisco Beltrão, conhecido por ser linha-dura, formado no curso do Bope.


  O ex-comandante-geral havia dito que não foi informado sobre a possibilidade de ser substituído. Ubiratan permaneceu no cargo por um ano e um mês. Sob seu comando, houve forte mobilização pela equiparação salarial, principalmente no ano passado, durante os Jogos Pan-Americanos.


  O governador Sérgio Cabral também teria ficado irritado com a passeata por melhores condições de trabalho promovida por 300 policiais de Ipanema ao Leblon, na zona sul da capital fluminense, no domingo. O protesto foi autorizado pelo comandante-geral da PM.