Essa é a questão
Um Congresso Extraordinário para o PPS foi proposto pelo atual presidente da legenda, Antonio Carlos Mota, que na ânsia de defender a sua proposição, chegou a afirmar que renunciaria à Presidência do Diretório local em prol do vereador Virgílio Pacheco. Seria realizado dia 16 de fevreiro.
Esse fato de entregar a presidência a um parlamentar, em que pese a grandeza de espírito democrático do seu autor, gerou um grande desconforto entre alguns filiados do partido que temem o retorno dos privilégios implantados em gestões passadas, a exemplo da famigerada "era Colbert".
Colbert acabava sobrepondo seus interesses pessoais durante os períodos de eleições, sempre carreando para si uma maior parte do horário de TV, entre outras vantagens desfrutadas em função do cargo.
O atual vice-presidente, Cláudio Fidel, não concorda com essa fórmula, tem declarado que não é candidato a vereador nas eleições de 2008 e pretende usar a presidência de forma independente e voltada para fortalecer o PPS com uma representatividade maior no Legislativo Municipal.
Fidel defende, ainda, o lançamento de um candidato a prefeito da capital, reafirmando assim sua, e do atual tesoureiro estadual, posições de 2004 e que foram tratorados pelos antigos dirigentes.
Essa atual situação faz com que alguns filiados acreditem que o retorno repentino do Ex-Secretário de Transportes do governo da Dep. Lídice da Mata, Miguel Kertzman, seja o preparo da ala mais tradicional do partido em lançá-lo como uma terceira via a presidência do PPS Salvador.
Segundo Fidel, esse fato possui a mesma repulsa da maioria dos filiados, uma vez que Kertzman foi secretário da SETIN e, Virgilio secretário da SESP, ambos do Governo Lídice, o que levanta uma desconfiança de parte do partido que se a presidência estiver com um deles pode haver uma inclinação da Executiva em apoiar a candidatura do PSB, ao invés de lançar candidatura própria.
Para Tiago Martins, secretário da JPS Bahia, essa eleição interna do partido é um dos grandes avanços do PPS em Salvador, onde de um lado se encontra o candidato da situação, que é parlamentar e está sendo apoiado pelo atual presidente e, do outro, a oposição, que acredita que o PPS deve crescer em Salvador, visando os pleitos de em 2010, sendo assim imprescindível se lançar um candidato 23 ao Palácio Thomé de Souza.