A comissão suprapartidária integrada por vereadores do PSDB, PCdoB, PSB e PPS vai entregar nesta tarde de quinta-feira, 24, a representação junto ao procurador geral de Justiça, Lidivaldo Britto, para que o Ministério Público tome providências e investigue a enxurrada de emendas que foi aprovada na tumultuada sessão que atropelou o Regimento Interno da Câmara e sacramentou o PDDU.

   Segundo denúncias dos vereadores que integram a comissão está havendo um maqueamento ou enxugamento de emendas das emendas, nos gabinetes ou subterrâneos da Prefeitura, tarefa que seria das comissões temáticas da Câmara, numa inversão de valores e papéis, o que caracteriza um absurdo.

    Para o vereador José Carlos Fernandes (PSDB) estão atropelando o bom senso, a lei, a Câmara, a opinião público e tudo mais "numa falta de respeito e consideração a cidade do Salvador nunca presenciada".

   Das mais de 200 emendas aprovadas no bater do martelo da Mesa da Câmara durante a sessão que sacramentou do PDDU, existem várias emendas conflitantes, outras aberrantes e, a rigor, nem a Câmara sabe o que aprovou; e nem os técnicos da Prefeitura. Daí o aconchego que está sendo feito nos gabinetes da Prefeitura para que o prefeito João Henrique (PMDB) possa sancionar o projeto.

   Os empresários da construção civil têm pressa e há um forte lobby no sentido de que o prefeito sancione a matéria logo no início de fevereiro. Enquanto isso, o vereador Celso Cortim colhe assinaturas na tentativa de instalar uma Comissão Especial de Investigação visando apurar a denúncia formulada pelo radialista Raimundo Varela, o qual, acusou os vereadores que votaram a favor do PDDU, de terem recebido cada um deles R$300 mil em obras.