A vitória do deputado federal Sérgio Carneiro (PT) para o deputado estadual Zé Neto (PT) para disputar como candidato dos trabalhadores a eleição municipal em Feira de Santana reforçou e consolidou a tese defendida pelo deputado Nelson Pelegrino e pelo atual presidente do PT na Bahia, Marcelino Galo, de que o PT tem que ter candidato próprio a prefeito de Salvador.

  Leve-se em consideração que Sérgio Carneiro criou uma situação bastante inusitada, porém real, na medida que um dos seus adversários será o candidato do PMDB, Colbert Martins Filho, apoiado pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. E só como lembrança, porque nem precisava dizer isso, Sérgio Carneiro é irmão do prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), também apoiado por Geddel.

   Ora: se o irmão do prefeito que é do PT pode desafiar Geddel e o PMDB de Feira, porque então o PT de Salvador não pode fazer o mesmo na capital que é o maior colégio eleitoral do Estado, cidade de maior visibilidade e onde o PT tem a sua maior militância?

   O certo é que a vitória de Sérgio além de ter dado ânimo ao deputado Nelson Pelegrino e ao atual presidente da legenda na Bahia, Marcelino Galo, este inclusive apoiou Sérgio em Feira, referenda a tese da candidatura própria, agora como quase irreversível porque alicerçada neste argumento.

   Esse é o sentimento que o Bahia Já conseguiu capitar nas hostes petistas nesta segunda-feira, 21, o dia em que o PT de Feira, com a derrota de Zé Neto, criou uma jurisprudência política que vai valer não só para a capital, mas, para todo Estado da Bahia.