Política

VARELA RECUA E SECRETÁRIA DO PLANEJAMENTO TAMBÉM QUER PROCESSÁ-LO

Varela recuou, mas terá que responder na Justiça
| 10/01/2008 às 13:11
  O apresentador de TV Raimundo Varela afirmou hoje em seu programa Balanço Geral (TV Itapoan) que não disse que os vereadores de Salvador teriam recebido "300 mil reais, cada um deles, para votarem faroravelmente no PDDU". 

  Salientou que houve uma interpretação errônea em sua fala. A rigor, disse que os "vereadores teriam recebido 300 mil reais em obras da Prefeitura de Salvador". O quem, em última análise dá no mesmo.

  A verdade é que Varela "amarelou" depois que o atual presidente da Câmara, Alfredo Mangueira, disse que iria processá-lo. Além disso, a secretária Kátia Carmelo, do Planejamento, também atingida pelas insinuações de Varela, acinou hoje a Procuradoria da Prefeitura para tomar a mesma atitude de Alfredo Mangueira.

   Como Varela, hoje, além de apresentador de TV é virtual candidato a prefeito de Salvador pelo PRB, aconselhado por assessores, recuou em suas declarações. Mas, conseguiu o que mais sabe fazer: destacar-se na mídia, ocupando espaços nessa época da entresafra política.

  NOTA DA
  MESA 

  A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Salvador já está tomando as medidas legais, por meio de sua Assessoria Jurídica, para que o apresentador de televisão e radialista Raimundo Varela prove a denuncia de que "os vereadores de Salvador receberam R$ 300 mil para aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU)".

   O presidente em exercício, vereador Alfredo Mangueira (PMDB), destacou na manhã desta quinta-feira (10/01) que o apresentador Raimundo Varela deve respeitar o Poder Legislativo de Salvador e que a denuncia infundada é um desrespeito à honra de todos os 41 vereadores.

  "A Câmara não é e nunca será balcão de negócios e os seus representantes são os legítimos representantes do povo de Salvador. Agora, o radialista Raimundo Varela terá que provar o que disse: uma leviandade. Por se tratar de denúncia infundada, urge dele uma retratação pública. No campo jurídico, ele terá que se responsabilizar pelo que fala, já que influi na opinião pública, e responder criminalmente por seus atos", declarou o presidente em exercício Alfredo Mangueira.
 
  O presidente em exercício Alfredo Mangueira destacou ainda que a apresentador prestou um desserviço à liberdade de imprensa falando inverdades, não representando a opinião do veículo de comunicação onde trabalha e nem dos demais profissionais que militam na imprensa baiana.