O encontro da oposição no MP foi nesta tarde de quarta-feira, 9
Oposição diz que Justiça aplicou apenas R$3 milhões de um orçamento de R$29 milhões (F/BJ)
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Em encontro realizado nesta quarta-feira, 9, entre líderes da bancada da oposição na Assembléia Legislativa e o procurador-geral de Justiça da Bahia, Lidivaldo Britto, o deputado Gildásio Penedo entregou ao MP documentos mostrando que a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado, da secretária Marília Muricy, aplicou apenas R$3 milhões dos R$29 milhões destinados à sua pasta em 2007, daí a explosão da violência no meio carcerário.
O deputado confidenciou ao procurador chefe que a secretária esteve o ano de 2007 envolvida em questões de natureza política e de gestão no âmbito da SJCDH numa disputa interna pelo poder com o então chefe do Procon, Augusto Sérgio São Bernadro, que a acusa de "racismo institucional e assédio moral" descuindando dos afazeres da pasta.
Penedo diz que seria oportuno que o governador Jaques Wagner, isso o faz a título de sugestão, afastasse Marília Muricy do cargo por um período até que fosse resolvida a questão entre ela e o advogado São Bernardo, "para o bem da administração pública e para a transparência do governo".
Segundo Penedo este é um caso "alarmante" e que o governador tem que dar uma resposta à socidade, não podendo ficar dessa forma com acusações mútuas entre duas autoridades do governo, cada qual dizendo que vai levar o outro as barras da Justiça por crimes de racismo, calúnia e difamação.
OUTRAS AÇÕES
No encontro desta tarde, a oposição ouviu do procurador-chefe que todas as ações que foram protocoladas contra representantes do governo estão sendo investigadas, quer as relacionadas ao governador Wagner, ou aos secretários Adeun Sauer (educação) e Jorge Solla (saúde).
Para o deputado Penedo o encontro foi bastante produtivo e o procurador-chefe "nos garantiu que todos os passos das ações serão informados à Assembléia Legislativa.
A oposição protocolou mais uma representação contra o governo, desta feita pelo que considera "propaganda enganosa" que vem sendo feita pela Agecom.