O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) lamentou a decisão do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cepram), sobre as intervenções em Zonas de Proteção Visual (ZPV) do Litoral Norte. A partir de agora, só serão permitidas intervenções apenas em áreas de coqueiros, para a prática de turismo ecológico de baixo impacto ambiental.
   "Infelizmente, nem o governador Jaques Wagner com seguiu reverter a situação no Litoral Norte e a instabilidade continua, afugentando os investimentos que poderiam se instalar na área", disse Bacelar.
 
  "A Bahia vai perder muito com a decisão dos ecoxiítas do governo que, em nome de uma falsa preservação ambiental, está afastando os investimentos sustentáveis da área, sobretudo no setor hoteleiro. Por isso a Bahia perde investimentos para Pernambuco, porque o governo baiano não tem capacidade de definir regras que beneficiem o meio ambiente sem desprezar o desenvolvimento", completou o parlamentar.

  AFETAR PAISAGEM

  De acordo com a decisão do Cepram, decisão visa "evitar que as intervenções afetem a paisagem local, especialmente as áreas protegidas. A resolução aprovada indica os equipamentos que podem ser instalados na ZPV, estabelecendo a regras que, a partir de agora, vão orientar os futuros investidores e favorecer a implantação de um modelo de turismo que respeita a paisagem local. Caminhadas, cavalgadas, mergulho fluvial, campismo, canoagem e trilhas são algumas das modalidades previstas, na resolução, como de baixo impacto ambiental a serem praticadas em ZPV".

  A crise no setor hoteleiro no Litoral Norte, por conta da falta de capacidade do governo do estado em debater a situação do meio ambiente que está impedindo a implantação de diversos empreendimentos na região vem sendo alertada pelo deputado desde o início do ano.

  O assunto, segundo Bacelar, foi destaque da "Revista Exame", que circulou na semana passada. De acordo com a publicação, ocorre que o discurso do governador - que considera o setor turístico como um dos principais vetores de desenvolvimento do estado - não tem encontrado respaldo no setor ambiental, uma das pontas fundamentais para o desenvolvimento turístico. "E a maior prova disso é a decisão do Cepram", destacou Bacelar.