A política é uma arte de difícil entendimento
A surpresa sobre a votação dos três senadores da Bahia em relação a CPMF ficou por conta do voto do senador César Borges, ao assinalar Não. Os outros dois votos eram presumíveis e aconteceram dentro do contexto: ACM Jr. do Democratas disse Não alinhando-se com seu partido; e João Durval (PDT), disse Sim, também seguindo a direção partidária do ministro Carlos Luppi.
Em princípio, relacionando-se a Bahia e sobretudo com Salvador, quem sairá ganhando nessa história é o prefeito João Henrique, o qual, poderá afirmar que é o verdadeiro aliado do governo Lula da Silva. O PSDB votou em bloco contra a CPMF e vai respingar na candidatura de Antonio Imbassahy no plano político, ainda que indiferente no plano eleitoral.
César Borges surpreendeu na medida em que o PR votou pelo Sim e ele sendo presidente deste partido da Bahia, o que considera base aliada de formação liberal, criou uma tremenda saia justa nos deputados estaduais que estão na base política do governo Wagner (PT).
Ou seja, o dirigente partidário baiano vota contra o governo/PT, em Brasília, e sua base na Bahia vota sim com o governo/PT da Bahia.
O PR votou nas últimas sessões da AL de terça e quarta-feira pela aprovação do Orçamento do Estado para 2008, pela criação das Fundações (em especial a Fundação de Saúde) e pela implantação da mini-reforma administrativa com a criação de mais 184 cargos em comissão, gerando uma despesa anual só com esse penduricalho, da ordem de R$70 milhões.