Política

CPMF: WAGNER DIZ QUE VOTOS DE ACM JR E CÉSAR SÃO DESSERVIÇO À BAHIA

As declarações do governador foram realizadas no II DN, em Salvador
| 13/12/2007 às 18:20
Governador disse que oposição desconheceu os interesses da Nação (Foto:Div)
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   O governador Jaques Wagner declarou nesta quinta-feira (13), sobre os reflexos para a Bahia da não prorrogação da CPMF, por falta de votos suficientes no Senado que " o voto contrário de dois senadores (Acm Jr. e César Borges) baianos é um desserviço à Bahia - independente de respeitá-los como membros da oposição -, porque é o estado que mais recebe transferência de renda dos programas sociais que são lastreados na CPMF", afirmou, em cerimônia no II Distrito Naval, em Salvador.


   Sobre a manutenção de programas como o Bolsa Família, o governador afirmou que o presidente Lula deverá buscar formas para suprir os R$ 40 bilhões anuais e preservar a área social, prioridade de seu governo, mas assegurou que os cortes deverão acontecer, talvez em projetos de infra-estrutura. "De qualquer forma, o país perde", ressaltou.


   Ele criticou o comportamento dos oposicionistas, chamando-os de intolerantes e incapazes de reconhecer que o interesse da Nação deve estar acima da disputa política. "Creio que a divergência na política é a alma da democracia, mas quando não se chega a um denominador comum quando o interesse da nação está em jogo, é muito ruim para o povo brasileiro", disse.

   MOVIMENTO

  Segundo Wagner, o governo federal se movimentou, ofereceu o comprometimento total das verbas para a saúde, ofereceu reduzir a prorrogação para só até 2008 de tal forma que, durante o ano de 2008, pudesse ser trabalhada uma reforma tributária (ressaltando que essa sim, daria condições definitivas ao país para um desenvolvimento sustentável), mas que, infelizmente, alguns membros da oposição não reagiram.


  "Agora vou falar com o Presidente da República para saber quais serão as medidas que serão tomadas, porque, inevitavelmente, haverá conseqüências".


  O Governador também criticou o raciocínio equivocado de alguns senadores quanto ao tributo: "Se fala tanto em simplificar os tributos, de tal forma que se evite tanta sonegação e exatamente alguns senadores, não posso generalizar, não entenderam que esse tributo, além de tudo que representa do ponto de vista social, ele é um tributo simples de ser cobrado, absolutamente transparente e progressivo. Ele representa aquilo que defendemos como justiça social: Dos impostos, tem que pagar nada ou muito pouco quem ganha muito pouco, e pagar cada vez mais quem ganha mais, porque quem ganha mais movimenta mais a conta bancária."

  
  ECONOMIA

  Fazendo alusão a "cantilena oposicionista" de cortar "maus gastos", Jaques Wagner disse que é incrível como alguns, que já governaram o Estado, insistam nesse discurso, quando na verdade somente agora, em seu governo, com licitação de serviços terceirizados, foi possível economizar 73% do valor que o governo anterior pagava com esse tipo de serviço."Isso sim é gasto ruim, não o gasto em Bolsa-Família, Peti, saúde e segurança que é o bom gasto que o governo baiano e brasileiro têm de fazer. O mau gasto é aquele que possibilita o desvio de dinheiro público", opinou.


  Afirmando estar muito triste, Jaques Wagner arrematou dizendo que "infelizmente alguns da oposição se mantiveram numa posição de impor uma derrota política que não é para o governo do presidente Lula. É uma derrota para o povo brasileiro, principalmente para o povo que depende dos programas sociais. Mas o Brasil é maior, o presidente Lula é um homem maduro, sereno e com certeza não vai trabalhar com rancor. Vai buscar a superação desse problema, criado por alguns que não entendem que a boa disputa política se faz quando se coloca o interesse nacional acima dela."