Causou o maior frisson na Assembléia Legislativa o pronunciamento realizado nesta tarde de terça-feira, 11, pelo deputado Javier Alfaya (PCdoB) criticando o chamado Grupo dos 8 (G8) de empresas prestadoras de serviços ao Estado, nas áreas de limpeza e conservação, cujos empresários se encontram presos em Brasília.

  A rigor, Alfaya direcionou sua fala com mais ênfase em direção ao ex-diretor presidente do Bahia e ex-deputado estadual Marcelo Guimarães, hoje, no PMDB, assim como seu filho, Marcelo Guimarães Filho, o deputado federal Marcelinho, também no PMDB.

  Ou seja, com a saída do PCdoB da administração do prefeito João Henrique (PMDB) o deputado comunista quis, em linhas "trevessas" como diz o povo, atingir o prefeito via PMDB e chegar também ao ministro Geddel Vieira Lima.

   A oposição ficou irritada com a fala de Alfaya, no item em que lançou suspeitas sobre as gestões do ex-PFL e o G8, e pediu melhores explicações.

  Para o deputado Tarcízio Pimenta (DEM), o comportamento de Alfaya visou numa primeira instância atingir o ministro Geddel e a base de sustentação do governo na AL, da qual o PMDB faz parte, e também o próprio governo, na medida em que, até agora, oas contratos com empresas ligadas ao G8 e o Estado não foram cancelados.

   O deputado Sandro Régis (DEM) foi até mais duro com Alfaya situando que o PCdoB perdeu a "mamata" na Câmara e agora quer intimidar o governo e sua base política para conseguir "uns cargos na mini-reforma do governador Wagner". 

    Alfaya contra-argumentou que não foi o PCdoB quem denunicou as maracutais promovidas pelo G8, não considerou que sua fala tenha sido feita para atingir a base ou abiscoitar cargos, e destacou que o governo atual vai contratar novos serviços de limpeza e manutenção em situação de transparência e honradez.

    Para o deputado João Carlos Bacelar (PTN), Alfaya deveria ter assumido seu discurso contra o PMDB e não vir com esse re-discurso.

    O líder do PMDB na Casa, deputado Leur Lomanto Jr não quis comentar o assunto em plenário.