Depois que o projeto já tinha sido votado, aprovado e o autor tinha se ausentado por alguns instantes, os vereadores Sidelvan Nóbrega (PRP) e Paulo Magalhães Júnior (DEM), questionaram a legitimidade dessa votação.
´´ Essa votação não é legitima. O projeto tinha a preferência, mas não pode passar como se fosse em regime de urgência´´, alegou Nóbrega.
O presidente interino da sessão Beto Gaban (PDT), afirmou que, mesmo depois de quatro mandatos, nunca tinha passado pela situação de uma contestação de projeto depois de aprovado. Gaban, então, convocou os vereadores presentes, e a maioria decidiu pela anulação.
DESLEALDADE
Quando Silvoney Sales voltou e foi comunicado que seu projeto já aprovado teria que voltar para a tramitação, ficou transtornado. ´´Matéria vencida não pode ser revogada. Foi uma deslealdade dos vereadores Sidelvan e Paulo Magalhães Júnior. Eles fizeram isso só pra aparecer´´, gritou Sales.
Em meio às discussões, o número de vereadores foi diminuindo e a sessão foi encerrada por quantidade insuficiente de participantes. A confusão só estava começando.
Enquanto Sales demonstrava a sua revolta, Sidelvan provocou e disse que a votação continuaria anulada. Foi o que faltava para a situação explodir. ´´O que é que você quer? Eu não tenho medo de você não, viu?´´, disse Silvoney, ao se levantar com o dedo em riste.
´´ Eu também não tenho medo de você", respondeu Nóbrega, também se levantando.
Os vereadores presentes apaziguaram e contornaram a situação. Mas quem se deu mal mesmo foi o operador da câmera da TV Câmara. Ele recebeu uma enorme bronca do líder do governo, Sandoval Guimarães (PMDB), só porque registrou e transmitiu tudo que ocorreu na Tv Câmara.
A resposta veio através do vereador Reginaldo Oliveira (PC do B).´´ Ele só fez o trabalho dele. A verdade tem que ser mostrada para a população´´, disparou Oliveira. (Repórter - Marivaldo Filho)