Pressionado pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o prefeito João Henrique (PMDB) decidiu nesta tarde de sexta-feira solicitar os cargos exercidos na administração municipal por integrantes do PCdoB, o mais importante deles a Secretaria Municipal de Educação, 

   Essa novela já vem se arrastando há mais de um mês desde quando o PCdoB fez uma conferência estadual e lançou o nome da vereadora e ex-secretária da Educação, Olívia Santana, candidata a prefeita de Salvador, em 2008, sob o argumento de que havia convergência entre o propósito do seu partido e a administração municipal.

   Comenta-se, nos bastidores, que João Henrique considerou a candidatura Olívia passível de ser administrada até 2008, porém, o ministro Vieira Lima, em conversa com o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) entendeu a postura dos comunistas do B como inaceitável. E, além disso, tornou público à imprensa sua opinião, deixando o prefeito numa tremenda saia justa.

   O PCdoB fez uma segunda conferência quando até o governador Wagner passou pela convenção para dar uma abraço em Olívia, e a candidatura da vereadora passou a ser difundida como uma questão essencial para a vida do partido que pretende lançar candidatos próprios em várias capitais brasileiras e, no caso da Bahia, além de Salvador, Daniel Almeida em Simões e outros nomes para cidades de maior porte no Estado. 

   Dias depois, Geddel aumentou o tom praticamente exigindo os cargos do PCdoB, sob o argumento lógico e prático de que, em sendo João Henrique candidato a reeleição não pode ter em seu terreiro um concorrente.

   Hoje, saiu o desfecho e o PCdoB está fora do governo municipal.

   Além de Campelo, que ainda mantém sua imagem espalhada em vários outdoors na cidade devido a prêmio que recebeu na área da educação, e PCdoB perde a sub-secretaria de Saúde, uma diretoria da Emtursa e cargos menores na Sucam e Codecon.