Política

POLÍCIA FEDERAL PRENDE PRESIDENTE DP TCE DA BAHIA E MAIS 15 PESSOAS

A lista envolve empresários envolvidos na Operação Octopulus
| 22/11/2007 às 10:09
  A Polícia Federal realiza desde o início da manhã desta quinta-feira, 22, uma operação para cumprir 18 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão na Bahia. A "Operação Jaleco Branco", que também acontece em Alagoas e Brasília, investiga fraudes em contratos e licitações de secratarias e outros órgãos públicos.


  Na capital baiana, a ação resultou na prisão de 16 pessoas até o momento. Entre os detidos estão, Antônio Honorato, ex-presidente da Assembléia Legislativa e atual presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE); Marcelo Guimarães, ex-presidente do Esporte Clube Bahia e ex-deputado estadual (PL-BA); Ana Guiomar, procuradora geral da Universidade Federal da Bahia (Ufba); Elsio Andrande, ex-diretor geral da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab); Jairo Costa, conhecido como Barão, proprietário de restaurantes e empresas de segurança; Clemilton Andrande, proprietário de empresa de segurança e limpeza; e Afrânio Matos, apontado como laranja de Marcelo Guimarães, proprietário do Postdata.


  Estão envolvidos também servidores do INSS e da Receita Federal, além de funcionários da Secretaria do Estado e da Prefeitura, que participavam, principalmente, na emissão indevida de certidões negativas. Todos os detidos foram encaminhados para a sede da PF, no bairro de Água de Meninos, onde prestam depoimento. Eles serão levados ainda nesta quinta para a Superintendência do órgão em Brasília. A ação teve início às 6h e mobilizou 200 policiais.


  Segundo a PF, o esquema era composto por empresários do ramo de prestação de serviços, principalmente de conservação, limpeza e segurança, e atuava na Bahia em licitações federais, estaduais e municipais. Os crimes praticados contavam com a participação de servidores públicos de diversos órgãos. Os mandados foram expedidos pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STF) Eliana Calmon.


  As investigações, que começaram em 2005, apontam superfaturamento de preço, formação de cartel e utilização de empresa de fachada. O esquema se beneficiava ainda de contratos emergenciais repletos de vícios. Ainda de acordo com o órgão, a organização criminosa que atua há mais de 10 anos, causou um prejuizo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 625 milhões.