Foram firmados outros acordos para beneficiar a população afro-descendente, destacados pelo líder do governo em plenário, como o termo de cooperação para implementação, na Bahia, da lei que obriga o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira nos níveis fundamental e médio (lei 10.639/03). Também o INCRA assinou com o governo do estado convênio no valor de R$ 500 mil pra regularizar terras remanescentes de quilombos na Bahia.
Durante o pronunciamento de 25 minutos em homenagem à população negra e ao líder negro Zumbi dos Palmares, Waldenor foi aparteado e parabenizado por deputados da sua bancada e da oposição, quando relatou um quadro baseado em dados de fontes oficiais que revela a forte discriminação racial, expressa sobretudo nos índices sociais (pobreza, educação, desemprego e saúde), "produzidos pelo descaso dos governos anteriores e que atingem especialmente a população negra". Segundo o parlamentar, 65% dos baianos são pobres e destes 75% são negros, como também 86,4% dos desempregados são negros.
O deputado defendeu a necessidade de se debater e buscar alternativas para reverter o quadro produzido ao longo da história e destacou os compromissos dos governos do presidente Lula e do governador Wagner com esse objetivo, assumidos a partir das criações de uma Secretaria (federal) com status de Ministério e de uma Secretaria estadual para tratar das políticas públicas dirigidas aos afro-descendentes.
As iniciativas já produziram alterações que Waldenor considerou significativas, comparando que havia 36 comunidades quilombolas reconhecidas e regularizadas quando Lula assumiu a Presidência da República, e hoje já são mais de 1 mil. Somente na Bahia existem mais de 500 comunidades, das quais 207 já foram reconhecidas. Ele também elogiou o programa de cotas para assegurar o acesso nas de afro-descendentes nas universidades.