Política

LÍDER DO GOVERNO DIZ QUE BAIXOS ÍNDICES SOCIAIS PROVOCAM DISCRIMINAÇÃO

As declarações são do deputado Valdenor Pereira
| 21/11/2007 às 09:24
 Ao saudar a comunidade negra no Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 novembro, o líder do Governo, Waldenor Pereira repercutiu na Assembléia Legislativa ações e políticas dos governos do presidente Lula e do governador Jaques Wagner voltadas para a promoção da igualdade racial.
 
  Falou especialmente do ato comemorativo realizado dia 19 último, em Salvador, que contou com a presença da ministra Matilde Ribeiro, da secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial, no qual foi assinado o decreto de criação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra.


  Foram firmados outros acordos para beneficiar a população afro-descendente, destacados pelo líder  do governo em plenário, como o termo de cooperação para implementação, na Bahia,  da lei  que obriga o ensino da história da África  e da cultura afro-brasileira nos níveis fundamental e médio (lei 10.639/03). Também o INCRA assinou com o governo do estado convênio no valor de R$ 500 mil pra regularizar terras remanescentes de quilombos na Bahia.


  Durante o pronunciamento de 25 minutos em homenagem à população negra e ao líder negro Zumbi dos Palmares, Waldenor foi aparteado e parabenizado por deputados da sua bancada e da oposição, quando relatou um quadro baseado em dados de fontes oficiais que revela a forte discriminação racial, expressa sobretudo nos índices sociais (pobreza, educação, desemprego e  saúde), "produzidos pelo descaso dos governos anteriores e que atingem especialmente a população negra". Segundo o parlamentar, 65% dos baianos são pobres e destes 75% são negros, como também 86,4% dos desempregados são negros.


   O deputado defendeu a necessidade de se debater e buscar alternativas para reverter o quadro  produzido ao longo da história e destacou os compromissos dos governos do presidente Lula e do governador Wagner com esse objetivo, assumidos a partir das criações de uma Secretaria (federal) com status de Ministério e de uma  Secretaria estadual para tratar das políticas públicas dirigidas aos afro-descendentes.

   As iniciativas já produziram alterações que Waldenor considerou significativas, comparando que havia 36 comunidades quilombolas reconhecidas e regularizadas quando Lula assumiu a Presidência da República, e hoje já são mais de 1 mil.  Somente na Bahia existem mais de 500 comunidades, das quais 207 já foram reconhecidas. Ele também elogiou o programa de cotas para assegurar o acesso nas de afro-descendentes nas universidades.