Em assembléia realizada hoje, 20, a APLB-Sindicato definiu pela desfiliação da entidade classista à CUT. Mais de 60 trabalhadores marcaram presença do evento, convocado especificamente para discutir a saída da Central.

  A saída da CUT se deve a uma postura bastante questionada no interior da Central, que se relaciona à tendência hegemonista da corrente majoritária Articulação Sindical, voltada para um tipo de sindicalismo de resultado e de colaboração de classe. Um comportamento que levou ao afastamento de dezenas de correntes que outrora somavam forças dentro dela, segundo fontes da APLB.
 

  As mudanças demonstram que uma nova conformação está se configurando no movimento sindical do país. Os trabalhadores têm oportunidade de construir um novo rumo, onde os sindicatos intensifiquem suas lutas por direitos e conquistas sociais sem perder de vista a importância de sua autonomia perante patrões e governo.

  Ao final da assembléia a diretora Marilene Betros aproveitou para informar sobre a agenda da entidade. Um seminário para debater a certificação ocupacional está marcado para o próximo dia 23, às 9 horas, no Centro Cultural da Câmara de Vereadores, na Praça Municipal.

  CONTESTAÇÃO

   Representantes da CUT atestam que a Assembléia da APLB não teria validade porque convocada às pressas, sem que fosse dado direito aos trabalhadores da educação. Alegaram ainda algumas lideranças sindicais da CUT que estiveram no programa do Varela, Balanço Geral, que existe uma ditadura na APLB/sindicato controlada pelo PCdoB que deseja fazer do órgão sindical "palanque partidário ideológico".

   O pessoal da CUT vai convocar uma nova Assembléia para dia 29, na Piedade, com o objetivo de rediscutir a questão. O clima é de guerra entre as duas entidades.