Em plena véspera do dia da Consciência Negra, o prefeito João Henrique e o superintendente da SUMAC, Almir Melo, foram acusados de racismo por líderes comunitários do bairro do São Caetano, na sessão desta segunda-feira (19), na Câmara Municipal.

         
    O líder comunitário Jairo Rosa foi preso no último dia 7, segundo ele, por iniciativa de Almir Melo e do prefeito João Henrique acusado de desviar asfalto destinado a Padre Heriberto, em São Caetano.

   ´´Sou uma pessoa do bem e pai de família. Fui discriminado por ser negro e pobre. Se fosse na Barra ou na Ondina pensariam duas vezes´´, disse Rosa.

         
     Jairo ainda criticou a postura da maioria dos vereadores enquanto ele proferia seu discurso. ´´Nenhum vereador da base aliada do governo prestou atenção ao que falei. Se as ruas não forem asfaltadas até quarta iremos parar a BR, falou.

         
     Outro popular que reclamou da atitude dos vereadores foi o líder Eron Santana. ´´Os vereadores não ouvem o que falamos porque somos simples. Senti que fui desrespeitado. Queremos que eles prestem a atenção´´, esbravejou Santana.

     
     Para a vereadora Aladilce Souza (PC do B), os anseios do povo devem ser prioridade para o prefeito. ´´A administração de João Henrique deve ter a sensibilidade de não beneficiar nenhum vereador e sim perceber a necessidade da população´´, afirmou Aladilce.

            
    Já o vereador Paulo Câmara (PSDB), afirmou que atitudes serão tomadas para que os responsáveis pela prisão do líder da comunidade do São Caetano respondam na justiça pelas suas ações. ´´Prenderam ele porque é negro e pobre. O prefeito não é carneiro e sim um lobo que persegue a população humilde´´, concluiu o tucano.

(Repórter - Marivaldo Filho)