Política

CONTAS DE PAULO SOUTO SÃO APROVADAS NA ASSEMBLÉIA COM 40 VOTOS

A votação aconteceu agora há pouco
| 19/11/2007 às 19:01
Votação surpreende e Souto consegue, na oposição, o que não conseguia no governo (F/G)
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  Numa surpreendente votação, 40 deputados aprovaram as contas do governo Paulo Souto, ano 2006. Votaram contra 14 deputados, ao que se supõe, pois a votação foi secreta, os deputados do PT e do PCdoB, orientados por declaração do líder da maioria, deputado Valdenor Cardoso (PT) de que liberaria a bancada para que cada um votasse com sua consciência, mas, deixando claro que seu voto seria contra.

   O fato de Souto conseguir 40 votos, num dia de segunda-feira (atípico de votação na AL) revela - segundo o líder da minoria, deputado Gildásio Penedo - a postura ética e responsável do ex-governador, o qual, "promoveu um governo sério e competente na Bahia, acima de qualquer suspeita, e que levou o Estado a revelar indicadores nunca antes alcançados".

   Até às 18h havia um certo clima de suspense no plenário da Casa e os deputados que se apresentaram na tribuna faziam o estilo final de ano, com discursos amenos e até anedotários, caso do deputado Roberto Carlos (PDT), que afiançou o "apoio de Wagner a ascensão do Vitória à 1ª Divisão do Futebol, no último jogo contra o CRB", sessão conduzida pela presidente interina deputada Maria Luiza.

   Nos bastidores, os comentários davam conta que os líderes das bancadas do PMDB, Leur Lomanto; PR, Elmar Nascimento (relator da matéria); PP, Roberto Muniz recomendaram, abertamente, pela aprovação das contas considerando que não havia nada que desabonasse a prestação.

   Dava-se, portanto, como certa a aprovação das contas. O que surpreendeu foi o número a favor: 40 deputados; contra apenas 14. Ou seja, há indicadores na AL que não são apenas "aviões de carreira" como se diz na gíria sobrevoando a Casa.
 
   Dado que estamos no primeiro ano de governo, na primeira legislatura da temporada de 4 anos, pelo sim; pelo não, quem conhece os bastidores da AL sabe que já em 2008, na renovação da Mesa haverá dificuldades de toda ordem.

   A rigor, Paulo Souto consegui, na oposição, obter uma votação que não conseguia quando era governador do Estado.