Já o vereador Alan Sanches (PSDB), acha que o PDDU está sendo devidamente debatido e que o engajamento da população é uma tarefa muito difícil. "Não concordo com alguns vereadores quando dizem que não está havendo discussão. É muito difícil trazer pessoas", afirmou Sanches.
Segundo o vereador Celso Cotrim, o PDDU não cria espaços para eventos, falta de segurança e fiscalização, desordem no trânsito e poluição sonora. Esses são alguns dos ingredientes das festas realizadas em Salvador, onde não existem espaços dotados de infra-estrutura para a realização de grandes eventos. "Agora a cidade pode perder a chance de resolver o problema, quando se discute na Câmara Municipal, o Plano" - frisou.
OMISSO
Ainda de acordo com o líder do DEM, vereador Paulo Magalhães Júnior, o projeto da Prefeitura é omisso sobre a atividade, que envolve milhares de empregos e gera renda para o município. "Não encontrei no PDDU nenhum artigo que trate da criação ou regulamentação de espaços para eventos na capital, um entrave para os empresários e uma dor de cabeça para a população", disse.
A idéia de debater o tema dentro do PDDU surgiu durante um encontro do vereador com representantes da Associação dos Blocos de Trio do Carnaval de Salvador (ABTCS), criada recentemente, e formada pelos principais empresários do ramo. Eles estão preocupados com o futuro do setor de entretenimento em Salvador, que vem perdendo mercado para outras cidades.
Para o líder da oposição na Câmara, Téo Senna (PTC). "Existe incoerência de certos vereadores que no Plano de 2004, brigaram para que o projeto fosse amplamente discutido e desta vez que votar, de uma maneira apressada, com apenas 15 audiências públicas", disse.
Cotrim rebateu dizendo que Senna toma atitudes visando somente impressionar o eleitorado. "O vereador está jogando para a platéia, mas na hora decisiva vai votar a favor do Plano Diretor porque o projeto de 2007 favorece aos mesmos interesses do projeto de 2004" falou o socialista. (Repórter - Marivaldo Filho)