A pesquisa de opinião pública da Data Survey sobre a sucessão em Feira de Santana, já publicada e aqui repetida, dando Colbert Martins Filho na frente, está mexendo com os ânimos dos candidatos na Princesa do Sertão e o deputado Zé Neto que disputa a indicação com o deputado Sérgio Carneiro, ambos do PT, gostaria que fosse realizada uma prévia, agora em novembro, para decidir qual dos dois nomes seria o escolhido pelo partido.

  Pelo menos essa foi a sua proposta feita ao concorrente Sérgio Carneiro, o qual, diz que ainda é cedo. Ademais, Carneiro não confia nos números da pesquisa, abaixo de sua expectativa e do percentual dos votos que obteve para deputado federal, e destaca que o ideal seria uma convenção interna em maio de 2008, quando a situação estiver um pouco mais clara, prováveis alianças estabelecidas e assim por diante.

  Sérgio Carneiro, de todo modo, se diz confiante na sua indicação, tem algumas teses sobre a sucessão e o seu partido, e considera seu nome competitivo para um pleito onde estão em confronto forças do PT, PMDB e Democratas. Mas, não quer precipitar as coisas. Vai esperar a eleição do novo presidente regional do PT, em 2 de dezembro, e aguardar para 2008 a prévia interna da indicação.  

  OS NÚMEROS


  A pesquisa da Data Survey (Analítica Pesquisas de Opinião Pública e de Mercado Ltda), coordenada pelo sociólogo José Renato Melo, realizada entre os dias 13 e 14 últimos, num universo de 500 pesquisados, aponta que se a sucessão em Feira de Santana fosse hoje, o candidato do PMDB, deputado federal Colbert Martins Filho teria 21% dos votos; o deputado estadual Tarcízio Pimenta, Dem, 20.8%; o deputado federal Fernando de Fabinho, Dem, 13.6%; o deputado estadual pelo PT, José Neto, 11.8%; Carlos Geilson, 7%; ex-deputada Eliana Boaventura, 4.6%; deputado federal Sérgio Carneiro (PT), 2.8%; Antonio Carlos Borges, 2.2%; Jairo Carneiro, 1.8%; deputado estadual Fernando Torres, 1.0%; Nenhum deles, 7.6%/ NS/NR 5.8%.

  A mostra contém uma série de simulações quando quando são apresentados apenas três candidatos (PMDB, PT, DEM) revelando que, ainda nessa fase inicial das articulações políticas, os candidatos têm que formatar alianças se quiserem que seus partidos sejam vitoriosos, especial o DEM (com dois candidatos na pré-disputa) e o PT (também com dois deputados na pré-disputa). 

  Importante destacar, também, que o nível de satisfação dos moradores de Feira de Santana, hoje, com a gestão José Ronaldo (Dem) é de 68.8%, portanto, bastante elevado. Somando-se com os indicadodres de muito satisfeito (5.6%), eleva esse padrão a 74.4%, o que significa dizer da força do atual administrador da cidade.

   Desempenho de satisfação, quando bem trabalhado, agrega na indicação do candidato, embora não seja relevante no plano político. Salvador, quando governada por Antonio Imbassahy tinha elevado grau de satisfação e César Borges, candidato imposto por ACM e "engolido" por Imbassahy e Paulo Souto, perdeu a eleição.

  Daí que a dúvida de José Ronaldo entre Fernando de Fabinho e Tarcízio Pimenta, a ser resolvida em maio de 2008, pode se transformar num pesadelo ou não. O deputado Tarcízio Pimenta não quer falar sobre o assunto, no momento. Espera que haja bom senso no Dem e confia na sua escolha. Atesta que seria um candidato bastante competitivo e com capacidade de vencer a eleição.

   José Ronaldo, de sua sorte, já disse que só fala nesse assunto depois da Micareta de 2008, ou seja, após os santos óleos da semana santa. Fernando de Fabinho também nada diz, embora, esteja trabalhando nos bastidores.


  MOMENTO

  Até o momento, a única candidatura posta oficialmente em Feira de Santana é a do deputado federal Colbert Martins Filho, do PMDB. O partido na semana passada liberou uma nota à imprensa dando conta de que Colbert é o candidato de Geddel Vieira Lima, alijando praticamente o PT de uma provável aliança em primeiro turno. 

  Em sendo assim, certamente o PT não vai procurar Colbert, salvo se quiser ser vice (o que não parece ser o caso); nem o Democratas. Apostar num só taco (na bola sete) é perigoso, mas, Colbert, pelo menos até agora, se mantém na dianteira das pesquisas.

   Há quem entenda que Colbert não terá fôlego na hora H. Mas, em política é assim mesmo, os adversários estão sempre arguindo teses contrárias a quem está na pole.