Acabou a novela. O deputado estadual Zilton Rocha (PT) foi aprovado por 39 votos (precisava de 32) como candidato da Casa à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em substituição ao conselheiro Urcisino Queiroz, falecido, recentemente.

  A base governista tremeu e depois de manobras da Mesa quando a AL lançou a democracia às traças e evitou uma disputa pelo voto direto, lembrando os velhos tempos em que ACM comandava a Bahia, finalmente, hoje, com suspeitas de um painel eletrônico viciado, Zilton obteve 39 votos da base aliada (os deputados Javier Alfaia e Virgínia Hage não compareceram por motivos de doenças), 16 votaram contra e 4 em branco.

  O apelo de Zilton em torno de votos das três bancadas não funcionou. A oposição votou contra sua indicação e alguns governistas, idem-idem. De toda forma, acaba a novela que não tinha menor interesse da coletividade e que só fez desgastar a imagem da AL. A Casa Legislativa da Bahia saiu perdendo no episódio e revelou que funciona como antes, nos tempos dos coronéis urbanos e rurais.

  A votação também demonstrou que se fossem mantidas as candidaturas de Leur Lomanto, patrocinada pelo PMDB, e Roberto Muniz, da bancada independente, o governo tomaria uma surra.