O assunto em pauta nos corredores do Congresso Nacional gira em torno do retorno dos senadores considerados "infiéis" ao DEM, César Borges, Édison Lobão e Romeu Tuma, se estes retornariam ao partido, de imediato, ou se aguardariam a decisão a ser tomada pelo plenário do TSE, na próxima semana, sobre o marcador temporal que indicará a perda do mandato, se março/2007 ou outubro/2007.

  César conversou com o senador ACM Jr e o deputado ACM Neto, seus antigos aliados, e entende-se que estes seriam porta-vozes do senador hoje no PR, no sentido de retornar ao DEM.

   A questão é saber se essa decisão seria tomada já, digamos, hoje; ou se o senador vai esperar a resolução do TSE. A direção nacional do DEM manifestou-se, ontem, afirmando que vai recorrer ao STF e requerer os seus mandatos de volta. Sendo assim, caberia ao senador ACM Jr. e o deputado ACM Neto se entender com a direção do partido, no sentido de acolher César.

   Ainda não se sabe se essa conversa já teria acontecido e se a direção do DEM nacional vai aceitar a proposta. Ademais, há o dilema pessoal de César, se faria isso já, de imediato; ou se aguarda a resolução do TSE.

   O relator da matéria é o ministro Cezar Peluso, considerado um duro, daí que já estaria havendo um movimento no TSE no sentido de, além de considerar a data para a fidelidade 27 de março (à semelhança dos deputados), apor a essa decisão um termo estabelecendo que não aceitaria a volta dos chamados "infiéis".

   Daí que, na situação dos três senadores do DEM, nesse caso extremo, se ficar o bicho pega; se correr o bicho come.

   É um dilema enorme. E bote enormidade nisso.