Política

PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA TRABALHA PELO CONSENSO AO NOME PARA TCE

Decisão sai hoje após sessão especial para dom Majella
| 18/10/2007 às 14:55
  Deverá ser definido hoje, 18, após a sessão especial que homenageia o cardel dom Geraldo Majella com a comenda deputado Luís Eduardo Magalhães, o nome a ser encaminhado ao governador Jaques Wagner para ocupar a vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado (TCE), com o falecimento do conselheiro Urcisino Queiroz.

  Essa novela já dura mais de um mês entre reuniões, debates, apresentações de nomes para prováveis disputa pelo voto direto, num desgaste enorme para a Assembléia Legislativa, uma vez que este é um tema que passa ao largo da população, não demanda o menor interesse para as comunidades e beneficiará apenas uma pessoa.

  Evidentemente que tem a parte política, pois, desde quando foram lançados os nomes de Zilton Rocha, pela representação do PT; Paulo Câmara, em defesa própria; e Leur Lomanto, pela representação do PMDB, a base aliada do governo viu-se numa tremenda saia curta, na medida em que, não conseguia consenso dentro da própria bancada.

  O presidente da AL, deputado Marcelo Nilo (PSDB) tentou de todas formas encontrar um consenso, estendeu o prazo para as discussões, e quando parecia que tudo estava resolvido, retirando-se as candidaturas de Leur e Câmara, eis que, o deputado Roberto Muniz (PP), do grupo indepentende e apoiado pela oposição se lançou candidato. Louve-se, também, o trabalho do líder do governo, deputado Waldenor Pereira, que suou a camisa na direção consensual.

  Ontem, quebrou-se o rito do prazo que se esgotava para a votação, porque a decisão teria que ser tomada na sessão plenária, e adiou-se para hoje. Então, logo mais às 18h, após a saída do cardeal Majella, mas com seus fluidos de paz pairando na Casa, tenta-se, mais uma vez, o consenso.

  Está em jogo, independente dessa postura do governo de pressionar Muniz via o presidente do PP na Bahia, Mário Negromonte, e do medo que o governo tem em perder a parada no voto direto, o prestígio do presidente Marcelo Nilo. Ela sabe que, uma coisa é levar um nome de consenso da Casa ao governador; e outra coisa é levar um nome eleito pelo voto direto, com sequelas de toda ordem. 

  E, o que é até possível: levar o nome de Roberto Muniz eleito.

  Nilo sabe que se isso acontecer seu prestígio junto ao governador Wagner, que atualmente é bom, será trincado.

  Daí que, vai queimar as pestanas até o último minuto para conseguir o nome de consenso, 'sem consenso', que é do deputado Zilton Rocha. 

  Menos mal, esse o governador aceita de semblante aberto.