O clima esteve tenso na sessão desta quarta-feira (17) na Câmara Municipal. 
 
  Funcionários da Real Sociedade Espanhola compareceram ao Plenário Cosme de Farias para pedir que os vereadores intercedam e ajudem a resolver a situação de atraso na liberação dos salários destes trabalhadores.

  
  O vereador líder da oposição, Téo Senna (PTC), disse que não está surpreso com as denúncias feitas contra a Secretaria da Saúde do município.
 
  "Foram gastos pela secretaria 15 R$ milhões somente em contratos de consultorias que, se não é ilegal, pelo menos, é muito imoral", afirmou Senna.

  
   FAIXAS E APITOS
  
   Justamente enquanto o líder da oposição discursava, chegaram os funcionários da Real Sociedade fazendo muito barulho, munidos de faixas e apitos.
 
   A assistente administrativa da empresa, Teresa Cristina, gritava revoltada com a passividade dos vereadores e teve que ser amparada por suas amigas preocupadas com o seu estado emocional.

   
  "A saúde da família está acabando e eles não se mexem. Estão fingindo que nada está acontecendo. Isso é um absurdo. Somos nós que votamos nestes canalhas. A gente alimenta esta ostentação e esse monte de discursos que não levam a lugar algum", relatou Teresa, emocionada.

    
  A vereadora Aladilce Souza (PC do B) elogiou a atuação do secretário municipal da saúde, Carlos Trindade, e o isentou de qualquer culpa.
 
  "A secretaria repassa o recurso para a empresa (Real Sociedade Espanhola), mas, por algum motivo, ela atrasa no repasse destes recursos para os seus funcionários", explicou a vereadora.

  
   Sentindo-se ignorados pelos vereadores, os trabalhadores da saúde continuaram as suas manifestações na Praça Municipal Thomé de Souza. Primeiro em frente à Câmara, depois partiram em direção da prefeitura. (Repórter - Marivaldo Filho)