Política

DEPUTADO APRESENTA MAIS DADOS SOBRE VIDA DO CONSULTOR DA SESAB

Mais desdobramentos do caso envolvendo consultoria na Sesab
| 17/10/2007 às 17:25
  O deputado João Carlos Bacelar (PTN), em pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa nesta quarta-feira, 17, rebateu as ironias promovidas na Casa em nome do secretário de Saúde, Jorge Solla. "Infelizmente, o secretário não está levando a sério as graves denúncias sobre irregularidades na Saúde, em sua gestão, onde nada é feito de graça", Bacelar.

  Bacelar apresentou uma série de dados contendo o envolvimento do consultor Arthur Chioro, sócio-diretor da empresa Comsaúde, e contratado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) antes de o órgão ter lançado edital de seleção pública para consultoria no âmbito do Projeto Saúde Bahia.

  Na tentativa de se defender, o secretário Jorge Solla disse que Chioro trabalhou de graça para o Estado e, ao contrário do consultor, "deputados é que não fazem nada de graça".


  "O Sr. Secretário deve estar falando dos políticos com os quais ele convive há muito tempo por ser petista de carteirinha e por, provavelmente, ter sido instrumento do mensalão do Governo Lula, onde chegou nos braços do ex-deputado cassado José Dirceu, apontado como operador de um dos maiores escândalos do governo federal", disse Bacelar.

  Com documentos sobre a vida do consultor, Bacelar relatou que Arthur Chioro, ex-diretor do Departamento de Atenção Especializada (DAE), do Ministério da Saúde, é acusado de diversas irregularidades na Santa Casa de Misericórdia de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, ao ignorar o Conselho Gestor da instituição, cuja existência é estabelecida em lei e a contratualização, um modelo de convênio exigido pelo SUS.


  "Em 2004, o Sr. Chioro foi acusado de direcionar o SAMU para o atendimento de prefeituras petistas às vésperas das eleições, além de ter feito uma série de transferência de recursos para obras nos municípios administrados pelo partido, visando o processo eleitoral, favorecendo candidatos da base aliada do governo federal.

  Arthur Chioro, à frente do Departamento de Atenção Especializada, ao lado do secretário de Atenção à Saúde, Jorge Solla, são acusados de, junto com o então ministro petista Humberto Costa, ter assinado mais de 80 portarias - todas anuladas pelo ministro Saraiva Felipe (PMDB) -, por terem sido tomadas no afogadilho e que iriam engessar a Saúde, uma vez que iriam representar gasto superior a R$1 bilhão.

   A suspensão das medidas coincide com as exonerações de Jorge Solla