"Se o mandato é do partido, pertence a nós. Não se pode ter políticos de categorias diferentes. Houve decisão anterior, é uma questão de coerência", disse Maia.
O DEM quer recuperar as vagas dos senadores César Borges (PR-BA), Edison Lobão (PMDB-MA) e Romeu Tuma (PTB-SP). O partido espera, por meio da devolução dessas vagas, derrubar a PEC (proposta de emenda constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011.
"Queremos recuperar três mandatos para também recuperar o tamanho de votos que nós tínhamos, principalmente para derrotar o governo na CPMF", admitiu Maia.
O TSE decidiu ontem, 16, por unanimidade, que os mandatos pertencem aos partidos, e não aos candidatos eleitos nas eleições majoritárias para presidente da República, governadores, prefeitos e senadores. Esse entendimento, contudo, não será aplicado imediatamente a nenhum caso concreto. O TSE ainda não definiu a partir de quando a regra vai ser aplicada. Essa decisão deve ser tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
No caso dos eleitos pelo sistema proporcional (deputados estaduais, federais e vereadores), a fidelidade partidária é válida desde 27 de março. Se essa data for estendida aos eleitos para cargos majoritários, a senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) também será atingida pela mudança. Ela deixou o PSB e migrou para o PDT em setembro deste ano.