A representação dos tucanos foi baseada em relatos sobre a ação de Francisco Escórcio, ex-assessor do presidente licenciado do Senado, com objetivo de elaborar "dossiês" contra os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO). Seria uma tentativa de contra-atacar a oposição e desviar o foco da crise ética protagonizada por Renan.
Além do caso de espionagem, o presidente afastado responde a quatro processos disciplinares no Conselho de Ética. O primeiro se referiu ao suposto pagamento de despesas pessoais do presidente do Senado pelo lobista Cláudio Gontijo - e em cuja votação no Plenário Renan foi absolvido, no início de setembro.
O segundo processo, em tramitação, diz respeito ao suposto favorecimento do parlamentar à indústria de bebidas Schincariol, em troca de vantagens financeiras na venda de uma fábrica da família Calheiros em Alagoas.
O terceiro processo decorreu de uma representação baseada na denúncia da suposta compra irregular de duas estações de rádio pelo senador em Alagoas. Após essa representação, uma outra foi apresentada ao Senado a partir da denúncia do advogado Bruno Lins, feita em setembro, sobre a entrega de dinheiro ao presidente do Senado proveniente de arrecadação irregular em ministérios comandados pelo PMDB.