Política

ENQUETE BAHIA JÁ REVELA QUE 88.24% QUERIAM PERDA DE MANDATOS JÁ

População desejava uma postura mais radical do pleno do STF
| 06/10/2007 às 09:01
  Uma enquete realizada pelo Bahia Já nos dois dias de votação do pleno do Supremo Tribunal Federal Federal (STF), 3 e 4 últimos, sobre a fidelidade partidária, apontou entre nossos leitores que 88.24% queriam a permanência da fidelidade e a punição mais radical aos deputados e outros parlamentares infiéis. Apenas, 11.76% disseram não, Votaram 51 internautas.

  A surpresa maior, hoje, se situa no plano das protelações jurídicas e indecisões do TSE, a quem foi devolvida a matéria para regulamentar uma provável perda de mandato a partir de 27 de março de 2007, para quem mudou de partido após essa dada, julgamentos que só deverão ser iniciados em 2008.

  Ora, no caso dos vereadores, por exemplo, dificilmente perderão seus mandatos, pois, a julgar pela morosidade da Justiça esses processos só deverão entrar em pauta em meados de 2008 quando a campanha eleitoral estará em pleno curso.

  Daí que, embora a decisão do STF tenha sido entendida como um "freio de arrumação" na bagunça que é a política nacional, o troca-troca de partidos e a infidelidade partidária reinante, serviu, ao menos, para revelar que se o Congresso Nacional não legisla, não quer dar satisfações à sociedade (e o caso mais escandaloso da atualidade envolve o presidente do Senado, Renan Calheiros) a Justiça vai fazer essa parte.

   É uma espécie de intromissão de um poder na atribuição do outro, mas, se em casa de ferreiro se usa espeto de pau, paciência, o STF vai se utilizar de ferramentas de ferro.

   De toda sorte, a população gostaria que o STF tivesse tomado uma posição mais radical punindo todos os infiéis desde janeiro de 2006.