Nesta primeira quarta-feira do mês, dia que é reservado para a votação de matérias polêmicas, na Câmara Municipal de Salvador, os vereadores, a pedido do presidente da Câmara, Valdenor Cardoso (PTC), preferiram assistir a discussão do Superior Tribunal Federal (STF) da matéria de julgamento sobre a fidelidade partidária.

   A decisão sobre esta matéria esquentou os ânimos dos vereadores nesta tarde. O clima de tensão e discussões ásperas marcavam a sessão até que o presidente Valdenor pediu afastamento para assistir o julgamento.

   "Hoje é um dos dias mais importantes da República. O resultado deste julgamento poderá dar um ponto final a mandatos de vereadores, inclusive, desta casa", falou Cardoso.

   O presidente ainda convidou os demais vereadores para assistir e justificou.

   "Considerando a importância do julgamento, pedirei licença para ver este debate e ter um maior embasamento jurídico para julgar os casos desta casa", afirmou.

   
    O pronunciamento do presidente foi a desculpa que os vereadores precisavam para deixar o plenário. Logo depois de Valdenor falar, os vereadores foram saindo, preocupados, para assistir o julgamento do STF.

     
    Os vereadores Téo Senna (PTC) e Olívia Santana (PC do B) não gostaram da suspensão da sessão ordinária e saíram contrariados do plenário.

    Pelo menos, 11 vereadores que trocaram de partido e estão com os seus mandatos arriscados, não reclamaram do encerramento precoce da sessão: Adriano Meirelles,

Alan Sanches, Atanázio Júlio, Beto Gaban, José Carlos Fernandes, Jairo Dória, Laudelino (Lau), Orlando Palhinha, Paulo Câmara, Sidelvan Nóbrega e Virgílio Pacheco. (Repórter - Marivaldo Filho)