A representante da União de Negros pela Igualdade, Ângela Guimarães, expôs alguns dados preocupantes a cerca da situação da violência na capital baiana.
"Salvador está sofrendo um grave surto de violência, que, em média, mata mais de quatro pessoas por dia com idades entre 15 a 49, sendo que a grande maioria destas pessoas é negra", denunciou.
Já o integrante da "Reaja ou será Morto", Hamilton Borges, além de falar sobre a violência na cidade, elucidou o cunho humanitário das organizações presentes nesta segunda, na Câmara.
"Não estamos pedindo nenhuma obra pública. Estamos aqui em favor da vida", disse Borges.
SOLDADOS NÃO
SÃO OUVIDOS
Para Abisolon de Oliveira, representante do Conselho Municipal de Policiamento Humanitário,os problemas da segurança pública estão acontecendo porque os soldados não são ouvidos na hora das decisões.
"Pessoas que não são da área estão tomando as decisões mais importantes. Temos que acabar com a imagem de que o soldado só serve para fazer a segurança de vocês", falou.
A falta de compromisso na Secretaria de Segurança Pública, segundo Celso Cotrim (PSB), é uma das principais causas para o atual quadro de violência.
"Temos levantado o assunto do descaso do secretário de segurança pública. A polícia do nosso estado está fazendo bico para o narcotráfico, prostituição, roubo de carros e caminhões, além da prostituição infantil" DENUNCIOU Cotrim.
A vereadora Vânia Galvão (PT), criticou o comportamento da polícia e cobrou mais justiça e igualdade. "Temos uma polícia que mata, principalmente, jovens negros. Precisamos acabar com isso. Já ficou provada, também, a existência de grupos de extermínio em Salvador ", afirmou a petista.
Outro dado importante sobre a segurança pública em Salvador foi levantado pela vereadora Olívia Santana (PC do B). "A polícia está discriminando os negros. Da Baixa do Fiscal até Paripe existe apenas uma delegacia. A população está entregue a sua própria sorte", concluiu a vereadora. (Repórter - Marivaldo Filho)