Até a próxima quarta-feira, 3, será definida a candidatura do radialista Raimundo Varela a prefeito de Salvador, em 2008.

  Pesquisas de opinião apontam que ele está sempre em segundo lugar (22% a última) atrás em empate técnico com o primeiro colocado, o ex-prefeito Antonio Imbassahy (25%), e o PMDB com a força do seu articulador político, o ministro Geddel Vieira Lima, estaria "desconstruíndo" (para usar uma palavra em moda na política) a sua pretensão.

   Primeiro em Brasília, junto ao partido do vice-presidente José Alencar, o Republicano Brasileiro (PRB), o mesmo do bispo Marcelo Crivela, e depois junto as suas "bases" em Salvador, o deputado federal Maurício Trindade e o vereador Alfredo Mangueira (Dem). Uma conversa entre Maurício e Lúcio Vieira Lima, no último final de semana, já teria sianalizado o afastamento de Maurício de Varela e, espera-se para está semana, a filiação de Mangueira, ao PMDB.

   Sem isso, a provável candidatura Varela patinaria no âmbito político partidário, embora, não se pode negar o seu enorme prestígio pessoal junto as massas populares, em especial nas classes C/D da população, sobretudo graças aos apelos que promove, diariamente, nos programas de rádio e TV que comanda, na Rede Record.

  Mas, sem alianças políticas, sem tempo na TV e sem capilé, Varela não iria a lugar algum. Nadaria para morrer na praia antes de finalizar a prova, ainda que, como dito acima, quem tem 22% do eleitorado não abandona uma pretensão dessa natureza de uma hora para outra.  

  Sabe-se, inclusive, que as manobras de natureza política chegam nas províncias depois de acertas no DF. E, no entender do mundo político, as articulações do ministro Geddel Vieira Lima têm sido de fundamentaais para a aprovação da CPMF no Congresso Nacional. Daí que, "desconstruir" a pré-candidatura Varela a partir de Brasília seria um zaz. Um sopro.

   Resta saber, portanto, se Varela vai encarar a disputa sem essa sustentação política, confiando só no povo, ou se tem alguma carta na manga para apresentar até a próxima quarta-feira. 

  Ou vem com uma carta forte; ou é melhor se manter na TV como apresentador, hipótese que muito agrada ao diretor da Record na Bahia, Fabiano Freitas.