Política

SALADA DE FRUTAS NA POLÍTICA BAIANA C/ MEXE-MEXE NO PR, PDT, DEM E PSC

Até dia 4 de outubro vai ser um disse-me-disse enorme na política baiana
| 27/09/2007 às 10:16
  As informações postas por Ricardo Noblat em seu site sobre a participação de ACM Neto (Dem) na ida do senador César Borges (Dem) para o PR não conferem com dados circulantes na política baiana, sobretudo pelo próprio deputado Neto, o qual, teria sugerido a permanência de Borges no Democratas e até vislumbrava a possibilidade de Tércia Borges, esposa do senador, ser sua candidata a vice-prefeita numa provável chapa a sucessão municipal de Salvador, em 2008.

  A rigor, embora o senador Borges tente se colocar como "independente", seu ingresso no PR passou mesmo pelo Palácio do Planalto via Mares Guia e Alfredo Nacimento, com consultas ao Palácio de Ondina, assento do governador Wagner.
 
  O governador Wagner disse na TV Salvador, no início desta semana, que não atrapalharia movimentos do presidente Lula, o qual, necessita de maioria no Senado para aprovar a prorrogação da CPMF, daí a importância da adesão de César. Mas, falando a um segmento do PT que é contrário a adesão de César, que ainda iria conversar com o senador sobre a situação na Bahia.

  Há todo um jogo de cena, mas, a rigor, César Borges, os deputados federais José Carlos Araújo e Jusmari Oliveira e mais os deputados estaduais do PR na AL, salvo Sandro Régis, aderiram aos governos federal e estadual. O resto são marolas da política.

  PDT

  No PDT nacional não há conversas de prováveis filiações de Jorge Khoury, Luis Carreira e Félix Mendonça, também numa articulação de ACM Neto e o partido. Em âmbito local, sua executiva já se pronunciou que apoiará a candidatura do ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy. Porém, como na política do mexe-mexe, nada obviamente, definitivo.

  Ontem, na TV, o presidente da legenda na Bahia, deputado Severiano Alves, afirmou durante segundos da propaganda eleitoral que o PDT ajudou João Henrique a ganhar as eleições, em Salvador, em 2004, mas não levou. E, ainda, de quebra, disse que não cooncordava com traição. Ou seja, chamou João Henrique de traidor.

  Há, também, uma ação política no PDT no sentido de manter em suas fileiras o deputado federal Marcos Medrado, o qual, como vários outros deputados e senadores, só fará qualquer movimento de prováveis mudançlas após a publicação da súmula do Tribunal Superior Eleitoral e a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o julgamento dos mandados de segurança do Democratas, PSDB e PPS, que pedem a volta dos mandatos dos parlamentares que trocaram de partidos. 

   O SENADO

   O Senado se apressa em se antecipar da decisão dos TSE e STF e quer votar, provavelmente ainda hoje, 27, uma emenda/destaque de Luciano de Castro, mantendo as regras do jogo como são, no momento, e considerando que quem mudou de partido após as eleições municipais de 2004 e as estaduais e federais de 2006, este direito está garantido.

   Ou seja, o Senado quer se antecipar da decisão que o TSE deve tomar (a súmula definitiva) até o dia 4 de outubro e da votação do STF, criando, assim, um anteparo legal para que o poder judiciário não interfira no poder legislativo.