O governador aproveitou o encontro para dizer aos presentes que "se alguém não queria que o PR fizesse parte do grupo aliado, esse alguém não era ele". O chefe do executivo também afirmou "que as adesões são importantes para o governo e reiterou que todos os prefeitos e parlamentares que desejarem fazer parte do novo projeto para a Bahia, serão recebidos com respeito no ninho governista".
CAUTELA COM CÉSAR
Já no programa Fala Bahia, TV Salvador, após a solenidade da adesão do PR, o governador Wagner disse que está construindo um coletivo político para 2008/2010 e deixou claro que, uma coisa é sua relação com os deputados do PR na Bahia; e outra coisa será sua relação com o presidente do partido, César Borges.
Ou seja, há resistências ao nome de César Borges no âmbito de cabeças coroadas do PT, sobretudo diante do episódio de invasão da UFBA quando era governador e determinou a tropa de choque sentar à pua nos estudantes, segundo o próprio PT divulgou em várias de suas inserções na TV, no programa eleitoral, e o governador, mesmo entendendo que a adesão de César ao governo é importante para a base aliada do presidente Lula no Senado, certamente vai se posicionar como aliado/distante.
Segundo o ainda presidente do PR na Bahia, deputado José Carlos Araújo, a ida do senador César Borges para o partido não muda o apoio ao governador Jaques Wagner, pois, a decisão de fazer parte da base aliada foi tomada em conjunto, apenas com a negativa do deputado Sandro Regis, que compõe na AL a bancada de oposição.
As novas adesões provocaram irritação em alguns setores da situação, mas o secretário das Relações Institucionais, Rui Costa, disse que está tudo sob controle. Segundo ele, "as incertezas dos antigos aliados são normais, mas adquirir novos amigos não significa esquecer os antigos".
DEMOCRATAS
O ex-governador Paulo Souto, presidente do Democratas na Bahia, em conversa informal com o BJ, nas comemorações dos dois anos da Bandnews, na última segunda-feira, 24, não quis comentar sobre a decisão de César em afastar-se do Dem, entendendo ser uma decisão pessoal e política, mas, deixou transparecer que o senador gostaria mesmo era de ser presidente de um partido.
PMDB
Um deputado, em off ao BJ, disse que a decisão do governo de apressar a adesão dos republicanos ao seu governo traz embutida, uma outra componente política, na medida em que amplia a base do seu governo na AL e não fica refém, como agora, do PMDB partido que, embora aliado, empina o nariz no momento em que deseja afirmar-se como segundo mais importante da Bahia.