Esporte

CAMPEÕES DA COPA AMÉRICA: ARGENTINOS FAZEM A FESTA NO MARACANÃ

ZédeJesusBarrêto comenta que está na hora de Tite pedir o boné
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 10/07/2021 às 23:17
Messi comanda a galera argentina
Foto: Olé


 O título de Messi, enfim, com a camisa azul e branca, mais que merecido. 

 Os argentinos venceram o Brasil (1 x 0 ) com um golaço de DI Maria no primeiro tempo e soube levar o jogo e administrar a vantagem até o final, com uma exibição de gala do meio-campista De Paul e muita raça, dedicação e manha de todos, como é o futebol. 

  Se o Messi não brilhou individualmente, jogou coletivamente, soube repartir e atuou com inteligência e sabedoria, abrindo espaços, tocando. 

 Merecido, justo e emocionante o título conquistado depois de 28 anos de jejum.
Parabéns, Hermanos !    

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 Curiosidades
 
 - O primeiro Brasil x Argentina, no Maracanã, aconteceu no dia 7 de julho de 1957, pela Copa Roca. As duas equipes se preparavam para a Copa da Suécia, em 1958.

    Esse jogo marcou a estreia do garoto Pelé na seleção, com apenas 16 anos de idade. Ele entrou no segundo tempo e fez o gol de empate (1 x 1) completando na linha da pequena área boa jogada de fundo do ponteiro canhoto Tite. O Brasil terminou perdendo (2 x 1).

   O treinador da seleção era Sylvio Pirillo e 80 mil pessoas viram das arquibancadas a estreia do Rei com a camisa canarinho.  

   Dias depois, em São Paulo, com o menino Pelé de titular, arrebentando e fazendo dois gols, o Brasil venceu a Argentina e conquistou a Copa Roca daquele ano. 

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  - A final dessa Copa América - Brasil x Argentina -, no Maracanã, em função da pandemia Covid 19, teve nas arquibancadas apenas 5,5 mil pessoas convidadas. A Conmebol cedeu a cada finalista 2,2 mil credenciais. Ou seja, 4,4 mil pessoas agraciadas da CBF e da AFA, a Associação de Futebol da Argentina. E mais de mil convites foram distribuídos a patrocinadores. 
 
- Os torcedores do Brasil ficaram na Tribuna Norte, atrás de um dos gols, espaço usado tradicionalmente pela torcida do Flamengo. Os argentinos na Tribuna Sul, setor dos torcedores do Fluminense; Fla e Flu dividem a administração do estádio. 

- Mas a prefeitura do Rio teria liberado, na manhã desta sexta-feira, o uso de 10% da capacidade do Maracanã. Mais público, mais “convidados” (não houve venda de ingressos). 

 Claro, pra variar, deu confusão nas portas do Maracanã, muita gente querendo entrar.  Dentro, um gramado tratado, verdinho. 

 - O presidente da FIFA presente.  Desde 2005 a Argentina não vencia o Brasil na bola. 

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 Com bola rolando ... 

 Decisão, rivalidade, muita marcação, jogo pegado desde o começo. Meião de Paquetá rompido, calção de Neymar rasgado...  Fred com cartão amarelo aos 3 minutos, jogo pra pirão !  Marcação cerrada nos astros, Messi e Neymar. 

Até 15 minutos, muita briga pela bola, pelos espaços, faltas seguidas, mas nenhuma chance clara de gol.  A arbitragem uruguaia tendo trabalho. 

Quente, vale o título, a taça!  
 
- Gol ! 1 x 0 Argentina. Lançamento longo da defesa (De Paul), nas costas de Lodi, que errou o bote na bola; Di Maria entrou livre e tocou com categoria por cima do goleiro Éderson, que saia desesperado, abrindo o placar. 

Cadê a cobertura de Tiago Silva? A defesa postada em linha. Foi a primeira finalização dos argentinos, fatal. Não se pode errar contra o craque. Aos 22 min.
 
- Aos 32’, Messi avançou pela esquerda e já na área disparou, raspando. Aos 33’, Neymar rompeu a marcação pelo meio e foi derrubado nas proximidades da meia lua. O defensor levou cartão e Neymar bateu a falta na barreira. 

 A ofensiva brasileira se resumiu a Neymar, muito marcado, encaixotado. Richarlison brigou com os marcadores e com a bola, Cebolinha sumido. Os argentinos bem postados, sem passar sufocos, arriscando pouco. Messi bem vigiado, com pouco espaço de manobra. Primeiro tempo, 1 x 0 pros ‘hermanos’. Criamos pouco.

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 Segundo tempo. No intervalo, Tite tirou o apoiador Fred e colocou o avante Firmino. Em tese, uma substituição ofensiva.  Aos 6 minutos, Richarlison, adiantado pela direita, ganhou no corpo, finalizou e mandou para as redes, mas a arbitragem flagrou o impedimento, confirmado no VAR. Os brasileiros mais no campo adversário. Aos 9’, novamente Richarlison em velocidade na direita bateu forte, o goleirão Martinez salvou.  

  Aos 17’, saiu Lo Celso e entrou Tagliafico, saiu Cebolinha (?) entrou Vinícius Jr. Os ‘hermanos’ começam a travar o ritmo, cair em campo, cavar faltas, ganhar tempo, na milonga. Defende-se com 10, aplicada. 
  
  Aos 30’, Tite põe em campo Emerson, o jovem lateral direito, e Gabigol; saem Paquetá e Lodi.  O treinador argentino respondeu, colocando três em campo: Pezzela, Palácios e Gonzalez. Sangue e força nova em campo para garantir o resultado. Aos 35’, Otamendi para Neymar no pau, o tempo fechou... o árbitro contemporiza, os Hermanos catimbam, ganham tempo. 

 Aos 38’, Gabigol recebe de frente, demora de finalizar, é travado. Aos 42’, Neymar bateu escanteio, Gabigol pegou a sobra, bateu firme de prima, o goleiro salvou, espalmando. Na sequência, Messi entrou de cara com Ederson e perdeu.

 
 O árbitro acrescentou 5 minutos ao tempo normal. Eles não querem mais jogo, óbvio. Tensão, briga pela bola, vale tudo, os argentinos campeões !!! 

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Destaques? 

 De Paul jogou mais que Messi e Neymar juntos. Arrebentou. O goleiro Martinez, a aplicação tática e defensiva de toda a equipe, a raça. 

 Di Maria, pelo belo gol. E o treinador Scaloni, vitorioso, mudou o astral da equipe.
 
- Lições ? Não temos laterais. Tiago Silva não dá mais. Precisamos de meio campo criativo, não é Paquetá.  Firmino, Cebolinha, Vinícius Jr  ...  não é por aí , chega!   É hora de renovar também no comando, basta de Tite. Sua equipe é  burocrática, sem imaginação, que depende apenas de Neymar. 
 Só temos Neymar, que acabou chorando no gramado, consolado até pelos Hermanos amigos. Depois, o craque brasileiro foi abraçar os adversários, triste mas carinhosamente, esportivamente. 
  
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 Na disputa do terceiro lugar, a Colômbia venceu o Peru (3 x 2) com outra ótima atuação do avante Luiz Diaz, um dos destaques da competição, decisivo, com dois gols.