Esporte

CORINTHIANS É CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL AO VENCER VASCO NO MARACANÃ

Um jogaço de bola e final feliz para o timão; título fica com São Paul
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 21/12/2025 às 20:57
Yuri Alberto, craque do jogo
Foto: Rodrigo Coca, Ag Corinthians

 No Maracanã lotado de vascaínos, o Corínthians venceu o Vasco por 2 x1 e conquistou pela quarta vez o título de Campeão da Copa do Brasil, é campeão brasileiro, sim senhor. O time paulista, comandado pelo manhoso Dorival Junior, jogou com raça e no erro do adversário, em contragolpes de velocidade; a estratégia deu resultado. Atrás, os paulistas souberam se defender, suportaram bem a pressão, fizeram por merecer o título. A fiel torcida corintiana fez a festa no Rio, comemorou na casa do adversário. Muito choro dos vascaínos, que jogaram bem, tiveram mais posse de bola, tomaram as iniciativas, criaram mais chances de golear, mas jogos finais, títulos em disputa, não se joga, se ganha. 
Parabéns Corínthians e corintianos.      
**
No Maracanã/RJ

- Boca de noite de domingo, começo de verão, tempo limpo, casa cheia, cerca de 67mil nas arquibancadas – a absoluta maioria de vascaínos -, bom relvado, o Cruzmaltino carioca com seu uniforme preto, a listra diagonal branca; o Timão de São Paulo inteiro de branco, com detalhes em preto. Duelo de alvinegros. Clima de festa, decisão.  
- Último jogo da temporada brasileira 2025 de futebol. Pela Copa do Brasil, o Vasco foi campeão em 2011; O Corínthians venceu em 1995, 2002, 2009.  O primeiro confronto em SP deu empate (0x0). Valendo título, medalhas, troféu/taça e uma vaga direta na Libertadores da América/2026
*
Com bola rolando...

- Briga renhida pela bola, desde o início, pau a pau. Muita marcação, pouca criação. O primeiro chute foi de Yuri Alberto, à esquerda do gol vascaíno, aos 14’; a resposta, aos 16’, numa bola levantada por Coutinho e a cabeçada de Rayan, fora do alvo. 

- Gol! 1 x 0 Corínthians, aos 19min. Yuri Alberto recebeu bola longa de Mateuzinho, nas costas da zaga (entre Cuesta e PH), que cochilou; o atacante, rápido, dominou bem já dentro da área, pela esquerda, ficou de cara e não perdoou, tocou na saída do goleiro, abrindo o placar. 

- Aos 25’, a zaga corintiana estourou, Yuri Alberto ganhou outra vez da zaga na velocidade, mas desperdiçou a chance, bateu por cima.  Aos 30’, a primeira chegada do Vasco, em cabeçada de Thiago Mendes, bola alçada por Coutinho, nas mãos de Hugo. Aos 35’, Rayan arrancou pela direita, deixou dois pra trás, cruzou por baixo, ninguém alcançou na pequena área paulista.

- Gol! Vasco! 1 x 1, Nuno, de cabeça, fechando da direita e escorando um ótimo cruzamento da esquerda, de Andrés Gomez. Subiu mais que Bidu. O empate saiu aos 42minutos, reacendendo as arquibancadas. 
  
  Um primeiro tempo muito equilibrado, com bons momentos lá e cá. Dois estilos de jogo: o Corínthians marcando forte e explorando, com chutões e lançamento longos, ligação direta, a velocidade de Yuri nos costados da pesada zaga carioca; fez o gol assim e teve uma chance clara de ampliar. O Vasco reagiu depois dos 30, trabalhando mais a bola, evoluindo na troca de passes, um jogo mais trabalhado, coletivo. Empate justo, jogo indefinido.

  Segunda etapa – 45 minutos definitivos. Retorno ainda mais pegado, qualquer erro seria fatal. Os cariocas com as iniciativas, mais acesos, os paulistas mais reativos. 

- Gol! 2 x 1 Corínthians, aos 17min, Memphis Depay. Uma puxada de contragolpe espetacular de Bidon, acionou Mateuzinho, chegou a Yuri Alberto cruzou da linha de fundo e Depay só empurrou na pequena área, a defensiva vascaína aberta, envolvida pela velocidade ofensiva dos paulistas. Bela jogada coletiva. Quando o Vasco parecia ter o controle da partida. 

 Com o gol levado, Diniz lançou Vegetti, o veterano argentino artilheiro e cabeceador dos bons. Ao tudo ou nada. O Vasco inteiro ofensivo. O Timão na moita, na espera de dar o bote, ‘matar’ o jogo, já na manha, ganhando tempo.
- Aos 26’, Rayan arriscou de longe, passou rente. Pressão vascaína. Ataque x defesa. Por volta dos 30’, substituições de lado a lado. Diniz em busca de gols, Dorival Jr querendo mais força de meio-campo. Muita tensão no retão final.
 - Aos 46’, após falta ensaiada, Rayan bateu forte, da meia lua, defesaça de Hugo. Aquele sufoco final dos vascaínos. O árbitro acrescentou 8 minutos. Pressão total, deu Corínthians, calando o Maracanã!   

*
Destaques 

- O goleiro Hugo, os laterais Mateuzinho e Bidu, o becão Gustavo Henrique, o meiocampista Bidon e o atacante Yuri Alberto. A estratégia de jogo de Dorival. 

  No Vasco, PH, Rayan, Andrés Gómez.        
   
*
Ficha técnica
- O Vasco da Gama escalado por F.Diniz: Leo Jardim, PH/P Henrique, Cuesta, Roberto Renan e Puma; Barros, Thiago Mendes (Vegetti) e Phillipe Coutinho; Nuno, Rayan e Andrés Gómez. (Tchê Tchê, GB, David). 

- O Corínthians do técnico Dorival Jr: Hugo, Mateuzinho,  André Ramalho, Gustavo Henrique e Bidu; Raniele, Martinez, Bidon e Maikon; Memphis Depay e Yuri Alberto (André, Garro, Carrillo, Angileri, J. Pedro). 

- No apito, Wilton Pereira Sampaio (muito tititi, conversa mole, o ‘chama confusão’, o pede bafafá, o trava jogo; mas a CBF adora ele, tem ‘serviços prestados’). 

**
 Bahia x O’Higgins na Libertadores

 O Tricolor baiano estreia na segunda fase/pré da competição, contra o O’Higgins, do Chile. São dois jogos, lá e cá, que definem quem segue e quem fica pelo caminho. O primeiro confronto é no Chile, dia 19 de fevereiro; a volta é no dia 26fev, na Fonte Nova.  Nessa mesma fase, o Botafogo encara um time da Bolívia.
 O adversário:
                          O Club Deportivo O’Higgins é um time fundado em 1955, em Rancágua – uma comuna da província de Cachapoal, a 1h30 de carro ao sul de Santiago, a capital chilena. Rancágua tem cerce de 215mil habitantes, num vale de vinhedos e também  rico em cobre. O O’Higgins (nome de um desportista/político chileno) joga no Estádio El Teniente; foi campeão chileno em 2013, participou de uma Sul-americana e 4 Libertadores, sem chegar às finais, e nunca enfrentou equipes brasileiras.

**
 Um Natal de paz, harmonia e respeito humano aos leitores desta coluna e do Bahiajá.

**