Merece um projeto de retrofit tão em moda na cidade do Salvador inclusive misto empresarial e residencial
Tasso Franco , da redação em Salvador |
06/09/2025 às 18:42
Saudoso Baneb para os banebianos
Foto: BJÁ
Em 1999, o Banco do Estado da Bahia (Baneb) foi extinto e vendido ao Bradesco com o leilão de privatização realizado em 22 de junho. A venda ocorreu no contexto de uma série de privatizações de bancos estaduais, e o governo do estado ficou com os créditos e dívidas da instituição após a venda.
O prédio do Baneb no bairro do Comércio, em Salvador, ao que se noticiou, posteriormente, foi adquirido pela construtora MRV, que reconhece o abandono, mas afirma realizar manutenção e segurança periodicamente. O local, que servia como clube de entretenimento para funcionários do extinto banco, está desocupado há vários anos (lá se vão 25) e se tornou alvo de preocupações.
Nesta semana passei por lá e dá uma tristeza enorme observar o imenso prédio de 9 andares arquitetura moderna, uso do vidro, necessitando de um “retrofit”, tão em moda, com a Moura Dubex realizando um desses projetos de revitalização e modernização em edificações antigas, no caso, o ex Hotel Othon Ondina; há a promessa de outro” retrofit” na Praça Castro Alves no prédio das Confederações de Esportes e a presidente da Associação da Rua Direita do Palácio (Chile), Andrea Velame, realizou um desses projetos em frente ao Edf Bráulio Xavier, e o casario em frente a Prefeitura também andou.
Falta, no caso do centro, o projeto de “retrofit” do Palácio Rio Branco e seria desejável que a MRV (se o prédio ainda for dela) realizasse um desses projetos na antiga sede do Baneb.
A gente sabe que a Bahia se amesquinhou, nos últimos tempos, e prioriza projetos de agricultura familiar, reforço a segurança, escolas em tempo integral, e descuida do desenvolvimento econômico. E o Comércio, em Salvador, sofreu e tem sofrido com essas e outras mudanças, incluindo a transferência do centro dinâmico da economia e dos serviços para a área norte entre o Iguatemi-Tancredo Neves e Paralela.
Há um esforço para reativar o Comércio sobretudo da Prefeitura, mas ainda precisa de algo mais forte e que atraia o empresariado. Creio, só assim, o prédio do antigo Baneb (e outros que existem no Comércio) será reativado. (TF)
